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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Grupo irlandês compra fábrica no CE

O grupo irlandês Smurfit Kappa Group, um dos maiores fabricantes de embalagens de papel reciclado do mundo, comprou a Paema Embalagens, empresa com fábrica em Maranguape e sede na cidade de Bento Gonçalves (RS). A operação marca a entrada da companhia europeia no Brasil, e envolveu também a compra da Inpa Embalagens, de Minas Gerais, somando um total de 186 milhões de euros por ambas as empresas, o que, pela cotação de ontem, representava quase R$ 800 milhões.

A Paema atua, principalmente, nas regiões Sul e Nordeste do Brasil e atende os segmentos calçadista, de alimentos e moveleiro, entre outros.
Segundo o jornal irlandês The Irish Times, a transação foi concluída no fim de dezembro de 2015. O anúncio da aquisição foi feito na segunda-feira (4). Até o fim de setembro do ano passado, os ativos líquidos da Paema representavam 6 milhões de euros (R$ 26 milhões) enquanto os da Inpa, 30 milhões de euros (R$ 129 milhões).
Com a aquisição, a Smurfit Kappa passa a contar com três recicladoras de papéis com capacidade total de 210 mil toneladas e quatro instalações de papelão ondulado.
Retorno do investimento
A Smurfit, que possui unidades na Europa e nas Américas, espera obter o retorno do investimento em dois anos e pretende ampliar o alcance da companhia e fortalecer os negócios do grupo na América Latina.
Para Gustavo Nygaard, sócio do escritório TozziniFreire Advogados, que representou os vendedores na operação, "o investimento da Smurfit Kapa demonstra que, apesar das dificuldades pelas quais passa o País, o ambiente de negócios não esmoreceu, havendo uma tendência à ampliação de investimentos diretos estrangeiros no Brasil, seja pelo importante mercado que representa, seja pela facilidade de acesso a ativos em decorrência da desvalorização cambial do último ano". Ao jornal The Irish Times, o presidente-executivo do Grupo Smurfit Kappa, Tony Smurfit, declarou que estava "satisfeito" ao anunciar as aquisições, que irão ampliar o alcance da empresa em um mercado "estrategicamente importante".
"Estamos confiantes de que os conhecimentos e a alta qualidade da sua base de ativos nos proporcionará um forte ponto de entrada no mercado brasileiro e, como o principal operador pan-regional na América Latina, reforçar ainda mais a nossa oferta de serviços aos nossos atuais clientes internacionais".

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