Cerimônia comemorou, ontem,
os dez anos da realização do procedimento; já foram 679 cirurgias no Estado
"O Ceará é o Estado que
tem o melhor desempenho em transplante de fígado do Brasil, se considerarmos o
número de procedimentos por milhão de habitantes. Também é o Estado de maior
progresso nos últimos dez anos", destaca o presidente da Associação
Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), José Medina Pestana, durante
cerimônia de comemoração dos dez anos de transplante de fígado no Ceará,
realizada, ontem, no auditório da reitoria da Universidade Federal do Ceará
(UFC).
Desde a primeira cirurgia
feita no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), 679 transplantes foram
realizados no Estado. E o número de procedimentos só evolui. Em 2010, o Ceará
foi o segundo Estado do Brasil em números absolutos de transplantes de fígado,
com 113 procedimentos, perdendo apenas para São Paulo. No ano passado, a
quantidade de procedimentos subiu para 157, um crescimento de 38%.
Evento celebrou a evolução
dos números no Ceará. No ano passado, o número de transplantes de fígado aumentou
38% Foto: Rodrigo Carvalho
Também em 2011, com 18, 6
transplantes por milhão de habitantes, foi o Estado do Brasil que mais realizou
procedimentos. Diante de toda essa evolução, José Medina Pestana afirma que a
ABTO tem o Ceará como modelo para estimular os outros Estados e corrigir a
disparidade geográfica que ainda existe no Brasil em relação aos centros de
transplantadores.
Para diminuir a negativa
familiar, um dos principais empecilhos do aumento no número de doações de
órgão, o presidente da ABTO pede que todos deixem claro aos membros da família
que querem ser doadores de órgãos. Ele destaca que, dessa maneira, os
familiares entendem como o último desejo da pessoa e irão procurar efetivar a
doação.
Apesar de toda evolução,
segundo Medina Pestana, ainda morrem cerca de 30 pessoas, por ano, à espera de
um fígado no Estado. Conforme ele, o ideal para a ABTO é que, no máximo, 5% dos
pacientes chegue a óbito antes de realizar o procedimento. Por outro lado, a
sobrevida dos pacientes após um ano de transplante está equiparada à média
nacional com 85% vivos.
Doe de Coração
Muito mais que um gesto de
amor, a doação de órgãos é um gesto de solidariedade. E a conscientização da
sociedade sobre a importância desta atitude tem sido um fator determinante para
salvar vidas.
É com esse pensamento que a
campanha Doe de Coração, levantada pela Fundação Edson Queiroz, vem, desde
2003, trabalhando para a redução da barreira do preconceito.
Neste ano, o movimento chega
à nona edição, tendo sensibilizado milhares de pessoas e sendo reconhecido
nacionalmente pela ABTO com o prêmio Amigo do Doador, concedido à Fundação
Edson Queiroz em 2008.
O movimento consiste em uma
campanha de conscientização realizada anualmente, por meio da veiculação de
peças publicitárias nos principais meios de comunicação, como TV, jornal, rádio
e internet, distribuição de camisas, cartilhas e material de apoio, além da
realização de palestras com profissionais especializados.
Dificuldade
30 pessoas morrem, por ano,
à espera do órgão no Estado, apesar de toda a evolução. Após a cirurgia, 85%
dos pacientes permanecem vivos e saudáveis
Copilado do Diário do
Nordeste
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