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sábado, 19 de maio de 2012

Ceará contabiliza 11,5 mil casos de dengue


No combate à doença, será dada continuidade aos carros fumacês e ao trabalho de fiscalização dos agentes de endemia
Um dia depois da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, declarar epidemia de dengue na cidade, o boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), divulgado ontem, revelou que o Ceará já registra 11.592 casos da doença até o momento. Deste total, 95% diz respeito à incidência do tipo quatro.
Ao todo, são 25.935 notificações.
Comparando-se os dados atuais com os revelados na semana do dia 11, que contabilizou 9.795 casos de dengue, há um aumento de 1.797 confirmações de pessoas acometidas pela patologia transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.Somente na Capital, confirmando os dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), foram contabilizadas 7.681 ocorrências, estando a maioria delas, 1.713, concentrada na Secretaria Executiva Regional (SER) VI.
Conforme o levantamento, além de Fortaleza, Crato, Canindé, Icó e Juazeiro do Norte são os outros municípios cearenses que apresentam um número alto de casos de dengue confirmados, respectivamente, com 840, 283, 256 e 819.
Com relação aos óbitos, o Estado já soma 13 pessoas vítimas de dengue, destas, quatro confirmadas e três a classificar o tipo da doença na Capital; três confirmadas e três aguardando classificação no Interior.
Manoel Fonsêca, coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, explica que este crescimento no número de casos da doença divulgado no boletim está diretamente ligado à situação delicada enfrentada por Fortaleza e à presença do tipo quatro, novo vírus circulante na cidade. "A população ainda está suscetível a este vírus, por isso, o crescimento de contaminação. Contudo, a gravidade deste e dos demais tipos é a mesma".
Ações
Segundo o coordenador, a Sesa não esperava que, neste ano, fossem registrados tantos casos da doença, percebendo que acontecia algo diferente em abril, quando houve aumento na ocorrência do problema. "Agora, temos que evitar os óbitos, fortalecendo as ações de assistência às pessoas que apresentam sintomas da dengue e de combate ao mosquito transmissor", afirma.
Dentre as iniciativas planejadas pela Sesa para Fortaleza, em parceria com a SMS e Ministério da Saúde, estão a ampliação de salas de hidratação, a possibilidade de mais unidades atuarem no terceiro turno e a organização entre os hospitais de atenção básica no atendimento aos pacientes. Além disso, será dada continuidade aos carros fumacês e os 1.300 agentes de endemias continuarão os trabalhos.

"Outra ação diz respeito à realização de uma reunião semanal entre os órgãos de vigilância epidemiológica da Sesa e da SMS para acompanhamento do que está sendo executado", diz.

Manoel Fonsêca comenta que a decretação de epidemia de dengue facilita a captação de recursos do Ministério da Saúde, como compras de equipamentos, e serve de alerta importante aos profissionais de saúde, que deverão tratar como dengue aquele caso que apresente sintomas semelhantes à doença, a exemplo de febre, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.

JÉSSICA PETRUCCI
REPÓRTER
Copilado do Diário do Nordeste

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