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Para o bispo Dom Gilberto Pastana, líder da Diocese de Crato, hoje é um dia de recordar as virtudes humanas e espirituais do Padre Cícero que classifica como um homem “profundamente acolhedor, principalmente dos pobres, dos pequenos, dos injustiçados”, definiu.
Não podemos esquecer esse testemunho, essa sensibilidade, essa presença afetiva e efetiva do Padre Cícero nos seus contemporâneos”, completa
A
morte
No dia 18 de julho de 1934, o médico Belém de Figueiredo prestou os primeiros cuidados ao Padre Cícero, acometido de uma crise intestinal, em sua casa, na Rua São José, no Centro de Juazeiro do Norte. No dia seguinte, o quadro de saúde do pároco piorou, sendo diagnosticado obstrução intestinal, agravada por insuficiência cardiorrenal. Na sexta-feira, dia 20, o Município acorda com a notícia que sacerdote, fundador da cidade, não resistiu e morreu aos 90 anos no leito de sua residência.
As primeiras informações sobre sua morte chegaram nas ruas de Juazeiro. Imediatamente, dezenas de pessoas correram até sua casa para verificar se era verdade. Para não ter dúvidas, o caixão com o sacerdote foi colocado na vertical, na janela, para que os moradores e romeiros pudessem ver. A descrença na morte era tão grande, que, com a lei da gravidade o corpo do Padre Cícero se mexeu e alguns, incrédulos, pensaram que ele estaria voltando à vida.
Contrariando a expectativa de muitos intelectuais e parte da grande imprensa nacional, a morte do santo popular não interrompeu o crescimento de Juazeiro do Norte. Pelo contrário, a cidade, que já era alvo de romaria desde o chamado “Milagre da Hóstia”, em 1889, quando a hóstia supostamente se transformou em sangue na boca da beata Maria de Araújo, continuou recebendo fiéis, mas, dessa vez, para visitar o túmulo do sacerdote. Em novembro de 1934, ano de sua morte, já houve uma grande peregrinação no dia de Finados – que depois se tornaria a maior romaria de Juazeiro do Norte.
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