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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Cármen Lúcia exige respeito a juízes do Brasil

Brasília. A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, rebateu as críticas feitas pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao juiz Valisney Souza de Oliveira, que autorizou, na sexta (21), a prisão de quatro policiais legislativos, entre eles o chefe da Polícia do Senado, Pedro Carvalho. Na segunda (24), Renan chamou o magistrado de "juizeco".

Em sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ontem, Cármen Lúcia exigiu respeito ao Judiciário e disse que, a cada agressão a um juiz, ela própria se sente agredida. "Exigimos o mesmo e igual respeito para que a gente tenha democracia fundada nos princípios constitucionais. Todas as vezes que um juiz é agredido, eu, e cada um de nós juízes é agredido. E não há a menor necessidade de, em uma convivência democrática livre e harmônica, haver qualquer tipo de questionamento que não seja nos estreitos limites da constitucionalidade e da legalidade", afirmou, sem citar Renan.
Renan Calheiros, disse à reportagem concordar com as declarações da ministra, mas afirmou que "faltou uma condenação da usurpação da competência do STF por um juiz da 1ª instância". Renan informou ter sido convidado pelo presidente Michel Temer para uma reunião hoje, às 11h (horário de Brasília), no Palácio do Planalto. A intenção do presidente era que a ministra Cármen Lúcia também estivesse presente. Com agenda cheia, ela não irá. Um encontro com Temer deverá ocorrer apenas na sexta (28).
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes (PSDB), errou ao comentar a atuação da Polícia Legislativa do Senado.
Apoio e crítica
O presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), disse que é preciso dar um "desconto" nas declarações de Renan Calheiros. Jucá preferiu não comentar a fala de Cármen Lúcia. Líder do PPS, Rubens Bueno (PR) criticou as declarações do presidente do Senado, Renan Calheiros.

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