Seja bem vindo...

Páginas

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

CE responde por 58% do camarão produzido no País

Em 2015, os municípios cearenses foram destaque nacional na carcinicultura. Com 12,56 mil toneladas de camarões produzidas - número que representa um crescimento de 42,4% em relação ao ano anterior - Aracati foi o primeiro do Brasil na cultura do crustáceo. Ocupam as posições seguintes Acaraú, Jaguaruana, Beberibe e Camocim. Juntas, as cidades impulsionam o Ceará para a maior participação na produção nacional de camarão (58,3%, ou cerca de 40,5 mil toneladas, do total de a 69,86 mil toneladas em todo o País).
O Nordeste foi responsável praticamente pela totalidade do efetivo nacional (99,3%).
O secretário executivo da Associação Cearense dos Criadores de Camarão (ACCC), Antônio Albuquerque, avalia que a carcinicultura no Ceará deve presenciar uma quebra na produção deste ano, cujo volume pode ser reduzido a 30 mil toneladas. Entre as principais causas, estão a seca e a praga da mancha branca, vírus que afeta o camarão e pode dizimar toneladas do crustáceo em poucos dias.
Ele explica que a seca impactou principalmente os micros e pequenos, que representam cerca de 66% dos produtores do Ceará. "Influenciou muito, principalmente no Vale do Jaguaribe. O que vai acontecer neste ano é uma reestruturação, mas nada que venha a comprometer a médio prazo o retorno para o Estado", afirma.
Os dados fazem parte da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2015, divulgada ontem (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento traz ainda números sobre a criação de codornas, equinos, ovinos e também de caprinos, cujo efetivo do Estado responde por 11,6% do total nacional, quarta maior participação do País.
A terceira, segunda e primeiras posições na criação de caprinos ficaram com Piauí (12,8%), Pernambuco (25,3%) e Bahia (27,4%). No Nordeste se concentra a maior quantidade de caprinos, sendo a região responsável por 92,7% do total da espécie no País. No Brasil, o número de caprinos atingiu 9,61 milhões de cabeças em 2015, variação positiva de 8,6% em relação a 2014.
O Estado também figura entre os principais na produção de peixes, com avanço de 5,8% em 2015. O município de Jaguaribara, embora tenha apresentado queda em relação a 2014, continua na liderança do ranking da produção de tilápia, única espécie produzida no município, com 13,80 mil toneladas pescadas. No Ceará, foram produzidas 27,8 mil toneladas em 2015. No Brasil, houve crescimento de 1,5% na produção de peixes.
O IBGE atribui a queda à grande mortandade de peixes no Açude Castanhão, em virtude da baixa no reservatório de água e da falta de oxigenação, fatores que levaram à perda de cerca de 3 mil toneladas da espécie.
Ovinos
Quanto aos ovinos, cujo efetivo nacional chegou a 18,41 milhões em 2015 - crescimento de 4,5% na comparação com 2014 -, novamente o Estado teve destaque, sendo o quarto maior detentor (12,5%) da espécie do País. Pernambuco (13,1%), Bahia (17,2%) e Rio Grande do Sul (21,5%) ficaram em terceiro, segundo e primeiro lugar, respectivamente. O Nordeste tem a maior concentração de ovinos do Brasil, com 60,6% do total.
Codornas
Na coturnicultura, o Estado impulsionou o Nordeste para a segunda colocação entre as regiões com a entrada de novos produtores na atividade. O Ceará, ocupante da quarta posição no ranking regional, contou com a entrada de 659,25 mil cabeças no Ceará.
O maior efetivo está concentrado no Sudeste, que participou com 75,7% do total nacional. São Paulo destacou-se como o estado detentor do maior efetivo, respondendo por 54,7% do total do País e 72,3% do registrado na região Sudeste. Espírito Santo e Minas Gerais apresentaram-se na sequência, com participações de 12,2% e 7,2% do total nacional, respectivamente.
Recorde nacional
Ainda segundo o IBGE, a população de cabeças de gado bovino no Brasil cresceu 1,3% e atingiu o recorde de 215,2 milhões de animais em 2015.

Nenhum comentário:

Postar um comentário