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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Preço do pão francês varia até 59,9% na Capital

Um dos alimentos mais presentes na mesa dos brasileiros, o preço do quilo do pão francês - ou carioquinha - chega a variar até 59,95% nas padarias de Fortaleza, conforme a reportagem constatou em pesquisa direta feita em dezembro do ano passado. A diferença, no entanto, não se justifica por possíveis aumentos - o produto já foi reajusta do em setembro do ano passado - e pede atenção e muita pesquisa de preços pelo consumidor.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Estado do Ceará (Sindipan-CE), Lauro Martins, esta variação é justificada pelos custos fixos que cada padaria tem. Como por exemplo, a matriz energética para fazer o pão, pois quem utiliza lenha tem custo reduzido.
De acordo com ele, até mesmo a coleta de lixo pode influenciar, pois, em bairros do subúrbio, os estabelecimentos são isentos de pagamentos à Prefeitura, enquanto que em outros bairros mais nobres existe a cobrança de duas taxas.
"Em alguns casos, o proprietário ou algum profissional que não tem tanta experiência fazem o pão", complementa. Em pesquisa realizada em nove padarias de diferentes regiões de Fortaleza, a variação no valor do quilo do pãozinho carioca foi de 59,95%, sendo o mais caro no Empório Delitalia, na Aldeota, R$ 13,90 e o mais barato na Panebox, no Pio XII, a R$ 8,69.
Altas
Ao longo do ano passado, o consumidor precisou arcar com alguns aumentos realizados pelo setor no quilo do pão francês. O último anunciado foi em setembro do ano passado, quando o quilo do pão carioquinha chegou a R$ 12,00. Só na primeira metade do ano passado, o produto teve um ajuste de preços que acumulava quase 10% nas padarias do Ceará.
Manutenção
No entanto, para o início deste ano até o fim do primeiro semestre, a intenção é manter o valor do quilo do pão francês, conforme indica o presidente do Sindipan-CE. A manutenção se dá mesmo com a alta do dólar e do aumento do salário mínimo, que impactam diretamente nos preços de produtos e serviços.
Lauro Martins ainda diz apostar em uma boa safra de trigo neste ano. "Estamos apostando numa boa safra para não repassar esses acréscimos". Com a maior oferta da principal matéria prima do pão, a preservação do valor é justificada mesmo com as condições adversas.
O presidente do Sindipan-CE revela que, atualmente, a preocupação do setor é com a pressão do dólar que aperta alguns insumos e o aumento de custos gerais com o reajuste do salário mínimo. Em sua avaliação, o problema em 2015 não foi no faturamento e sim nos aumentos de custos. A solução foi o segmento se unir para fazer compra de forma coletiva e ensaiaram algumas produções em conjunto para ajudar a manter os custos.

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