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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Cesta básica da Capital já subiu 9,22% em 2015

A lista de 12 produtos que compõem a cesta básica de Fortaleza registrou inflação de 0,34% em outubro deste ano, ante o mês anterior. Com mais este impacto, a Capital já acumula alta de 9,22% em 2015, a sétima maior entre as capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A alta nos preços dos produtos fez com que um trabalhador tivesse que desembolsar R$ 306,23 para adquirir as mercadorias, respeitadas as quantidades definidas para a composição da cesta. Conforme o Dieese, a inflação da cesta básica local foi influenciada pela alta de oito itens, com destaque para os preços do açúcar (3,74%), da carne (2,02%), do arroz (1,89%), do pão (1,55%) e do café (1,29%). Os produtos que registraram queda foram: tomate (-3,59%), banana (-3,03%), leite (-1,02%) e manteiga (-0,41%).
Segundo o economista do Dieese, Gilvan Farias, a alta do açúcar pode ser explicada pela valorização do dólar frente ao real, fazendo com que os produtores prefiram exportar a mercadoria. Grande parte da cana-de-açúcar do País também está sendo destinada à produção de etanol, diminuindo a oferta do item nos supermercados.
Em relação ao tomate, que passou de "vilão" a "mocinho" da cesta básica, Gilvan observa que o valor do item vem registrando queda há três meses. Isso porque a produção em Minas Gerais, na Bahia e na Serra da Ibiapaba, principais fornecedores de Fortaleza, está bastante alta.
Apesar de em 12 meses a variação da cesta básica de Fortaleza ter sido de 10,31%, no último semestre o valor dos itens apresentou retração de 3,15%. "Geralmente, a inflação tende a baixar a partir de outubro, mas estamos em um ano atípico, de instabilidade econômica. O salário dos trabalhadores, que gastam 42% da renda com alimentação, não está conseguindo acompanhar a inflação", afirma Farias.
Considerando o valor e, tomando como base o salário mínimo vigente no País de R$ 788,00 (valor correspondente a uma jornada mensal de trabalho de 220 horas), pode-se dizer que o trabalhador teve que desprender 85h30min de sua jornada de trabalho mensal para essa finalidade. O gasto com alimentação de uma família padrão (2 adultos e 2 crianças) foi de R$ 918,69.
Maiores altas
As maiores altas do País ocorreram em Brasília (2,10%), Natal (0,97%) e Aracaju (0,93%). Já as quedas mais expressivas foram apuradas nas cidades do Sul: Curitiba (-1,85%), Porto Alegre (-1,27%) e Florianópolis (-1,21%).O maior custo da cesta foi registrado em São Paulo (R$ 382,13), seguida de Porto Alegre (R$ 380,80), Florianópolis (R$ 378,45) e Rio de Janeiro (R$ 359,66). Os menores valores foram observados em Aracaju (R$ 282,87), Natal (R$ 285,47) e Recife (R$ 297,78).
Conforme o Dieese, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.210,28, ou 4,07 vezes mais do que o mínimo de R$ 788,00. No mês anterior, o mínimo necessário correspondeu a R$ 3.240,27.

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