Fortaleza/São Paulo. Funcionários de bancos públicos
e privados do Ceará decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir
da próxima terça-feira (6). A deliberação foi tomada pelos cerca de 300 membros
da categoria que participaram de assembleia realizada ontem à noite, na sede do
Sindicato dos Bancários do Ceará, no Centro de Fortaleza. A votação pelo início
da greve foi unânime.
A
partir de hoje, os bancários estarão nas agências do Ceará distribuindo
documentos para orientar os clientes e funcionários sobre a decisão tomada. Na
próxima segunda-feira (5), eles irão realizar uma nova assembleia, dessa vez
para detalhar como será a mobilização a ser feita nas agências.
A
decisão tomada atende à recomendação do Comando Nacional dos Bancários para que
as propostas apresentadas pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) não
sejam acatadas.
A
categoria já realizou cinco rodadas de negociações com as instituições
financeiras. Na última delas, realizada na última sexta-feira (25), os
bancários receberam, dentre diversas propostas, 5,5% de reajuste nos salários
com mais R$ 2.500 de abono fixo, mas pedem aumento de 16%, sendo 5,6% de
aumento real e 9,88% referentes à perda da inflação.
Apesar
da greve, o diretor de imprensa do Sindicato dos Bancários do Ceará, Marcos
Saraiva, diz que a categoria está aberta a negociações. "Nos não temos
interesse em manter a greve e prejudicar a população. Nós queremos que sejam
contratadas mais pessoas para melhorar o atendimento à população", defende
ele, citando uma das reivindicações da categoria.
Greves no País
Greves
bancárias também já foram decretadas por sindicatos de diversos locais do País,
como Brasília, Porto Alegre, Santa Maria e Caxias do Sul.
Segundo
o Procon-SP, diante da greve, o consumidor continua com a obrigação de pagar
faturas, boletos bancários e demais cobranças, mas as empresas são obrigadas a
oferecer outros locais de pagamento. Dessa forma, a recomenda-se que o
consumidor entre em contato com a empresa e peça opções de formas e locais para
pagamento, como internet, sede da empresa e casas lotéricas.
A
Febraban informou que as propostas oferecidas visam "compensar perdas
decorrentes da inflação passada, sem contaminar os índices futuros, o que iria
contra os esforços do governo para reequilibrar os fundamentos
macroeconômicos".
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