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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Estado gerou 10,1 mil postos de trabalho

Impulsionado principalmente pelos setores de serviços e comércio, o Ceará gerou, em setembro último, 10.111 postos de trabalho, resultado superior ao verificado em igual período do ano passado (8.281) e também ao de agosto de 2014 (9.517). O desempenho do Estado também foi o melhor para um mês de setembro desde 2009, quando 12.966 empregos celetistas foram criados. Os dados estão no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Com o resultado de setembro, o Estado acumula um total de 35.013 vagas criadas no ano, aumento de 2,94% em relação a igual período de 2013. Na região Nordeste, aliás, o Ceará figura na segunda posição entre os que mais criaram postos formais em 2014, atrás da Bahia (39.469). "Isso nos leva a acreditar que o Estado conseguirá superar o desempenho de 2013, que fechou com pouco mais de 50 mil novas vagas. O último trimestre do ano sempre tem um impacto muito significativo", opina o analista de mercado de trabalho do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), Erle Mesquita.
No acumulado dos últimos 12 meses, o Ceará continua sendo o principal gerador de postos formais do Nordeste, a exemplo do que aconteceu em agosto. Isso porque o Estado criou 50.013 empregos celetistas neste intervalo de tempo, um aumento de 4,26% ante igual período do ano passado. O segundo lugar ficou com a Bahia, com 33.814 postos.
Setores em destaque
Assim como aconteceu em agosto, o setor de serviços segue como principal impulsionador de postos formais no Ceará, tendo criado 3.524 vagas em setembro. O comércio, que, tradicionalmente, exerce função importante no mercado de trabalho, também não decepcionou, já que foi responsável por gerar um saldo de 2.329. "São os dois motores do trabalho no Estado e obtiveram bons resultados no mês", comenta Erle Mesquista.
A construção civil também teve um impacto significativo nos empregos celetistas do Ceará em setembro, já que criou 2.082 postos. No ano, o setor acumula 10.781 novas vagas geradas, mais que o dobro do valor registrado entre janeiro e setembro de 2013, de 5.397. "Essa tendência está ligada a di versos fatores, tais como o lançamento de novos empreendimentos imobiliários e crescimento da demanda por mão de obra", diz Erle.
Indústria volta a avançar
Após meses de fracos resultados, a indústria de transformação voltou a apresentar bons números em setembro, quando gerou 1.377 empregos celetistas no Estado. O saldo do ano, porém, é de apenas 1.024 postos formais.
No País, criação de vagas no mês foi a menor em 13 anos
Brasília. A criação de empregos formais - diferença entre contratações e demissões - atingiu, em setembro, o pior nível para o mês em 13 anos. Segundo o Caged, o País criou 123.785 vagas no mês passado, o menor número para meses de setembro desde 2001, quando foram gerados 80.028 postos de trabalho.
De janeiro a setembro deste ano, foram criados 904.913 empregos registrados em carteira, total mais baixo desde o início da série histórica do Ministério do Trabalho, em 2004. Ante o mesmo período de 2013, a geração caiu 31,6%. De janeiro a setembro de 2013, havia sido criado 1,323 milhão de vagas.
No mês passado, o total de admissões somou 1.770.429, contra 1.646.644 demissões. Apesar do desempenho ruim na comparação com os outros anos, a geração de empregos em setembro atingiu o melhor nível desde fevereiro deste ano, quando haviam sido criados 260.823 postos de trabalho na série sem ajustes sazonais do Caged.
Serviços puxam
Os setores que mais ampliaram a oferta de vagas em setembro foram serviços (62,4 mil novas vagas), comércio (36,4 mil vagas) e indústria de transformação (24,8 mil vagas). Dois segmentos registraram queda nos postos de trabalho: indústria extrativa mineral (-455) e agropecuária (-8,9 mil), influenciada pelo fim da colheita da maior parte das safras.
A situação de pleno emprego da economia brasileira justifica a desaceleração na criação de postos com carteira assinada, disse ontem o ministro do Trabalho, Manoel Dias. Segundo ele, a queda na geração de emprego neste ano pode ser explicada pelo fato de a necessidade de novos trabalhadores diminuir à medida que as vagas são ocupadas.
"Não estamos vivendo o pleno emprego? Se gerássemos 200 mil empregos, não teríamos onde colocar. A tendência natural é que, a cada ano, diminua a necessidade de novos empregos. Geramos 22 milhões de empregos em dez anos. Isso vai suprindo a demanda e as necessidades", argumentou Manoel Dias.
Áquila Leite
Repórter

http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/negocios/estado-gerou-10-1-mil-postos-de-trabalho-1.1126122

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