Apesar de a candidatura Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República ter sofrido um baque com as últimas pesquisas de intenção de voto, os índices nas disputas pelos governos estaduais indicam mais otimismo nas campanhas tucanas em pelo menos quatro estados. Candidatos da sigla lideram as sondagens para governador em São Paulo, no Paraná, no Pará e em Goiás, segundo os últimos dados do instituto Ibope.
A corrida pelas gestões no Distrito Federal e em 10 estados que estão entre os de maior quantidade de eleitores em cada região do País não apresenta, entretanto, nenhuma legenda como grande favorita isoladamente.
O PMDB lidera as intenções de voto em dois desses estados (Ceará e Amazonas) e o PR, no Rio e no Distrito Federal. As pesquisas apontam políticos do PP, do DEM e do PTB à frente, respectivamente, no Rio Grande do Sul, na Bahia e em Pernambuco.
No estado do ex-governador Eduardo Campos (PSB), o candidato Paulo Câmara (PSB), que era apoiado pelo presidenciável, vem ganhando espaço. A disputa está polarizada com Armando Monteiro (PTB), que conta com o apoio do PT.
Entre os dias 23 e 25 de agosto, a diferença entre eles era de nove pontos percentuais. Pesquisa Datafolha divulgada ontem mostrou, porém, empate técnico entre Câmara e Monteiro.
Já o PT, partido da presidente Dilma Rousseff, amarga o terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, segundo o Ibope, pelo menos em dois grandes estados: São Paulo e Paraná.
Nessas duas unidades da federação, a legenda conta com importantes quadros do PT no embate. Alexandre Padilha (SP) e Gleisi Hoffmann (PR) são ex-ministros da Saúde e da Casa Civil, respectivamente.
No Rio de Janeiro, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) está em quarto lugar nas intenções de voto. Se o pleito fosse hoje, as pesquisa indicam Anthony Garotinho (PR) como favorito.
Em São Paulo, um levantamento divulgado ontem pelo Datafolha mostra que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), venceria no primeiro turno com 53% das intenções de voto a disputa.
Pesquisa Ibope divulgada ontem aponta Beto Richa (PSDB) com 44% das intenções de voto para o governo do Paraná, seguido de Requião (PMDB ), com 28%, Gleisi, com 14%, e Ogier Buchi (PRP), com 1%. Os outros quatro candidatos somados não chegam a 1%. Num eventual segundo turno, Richa aparece com 51% e Requião, com 35%.
Pernambuco
Em queda nas pesquisas eleitorais desde a morte de Campos, o candidato do PTB à sucessão estadual acusou ontem Câmara (PSB), de não ter “perfil de liderança” nem “lastro político”. Lembrou que ele nunca enfrentou uma disputa nas urnas e atribuiu à coligação de 21 partidos reunidos na Frente Popular liderada pelo PSB não à sua competência política, mas sim à estratégia montada por Campos, quando era governador.
Com a morte do presidenciável, exposição maior de Câmara, início da programação eleitoral gratuita e devido à comoção gerada pela tragédia, o socialista começou a ascender.
Na pesquisa Datafolha divulgada ontem, os dois candidatos se apresentam empatados: ambos aparecem com 36% das intenções de voto. Armando caiu de 47 para 36, enquanto Câmara subiu de 13 para 36. Ou seja, o primeiro perdeu onze pontos, enquanto o segundo ganhou 23.
Na propaganda eleitoral, Câmara aparece sempre em imagens ao lado do seu ex-padrinho político, Eduardo Campos. Armando também chegou a atrelar sua imagem à do ex-governador, já que ambos foram aliados, mas foi questionado pela família do presidenciável no TRE e impedido de explorar politicamente o seu ex-aliado em sua propaganda política.
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/nacional/pesquisas-mostram-disputa-pulverizada-1.1094161
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