Seja bem vindo...

Páginas

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

NA CADEIA PRODUTIVA: Carcinicultura do CE movimenta R$ 500 milhões


Com toda a produção direcionada ao mercado interno, expectativa é o desenvolvimento de técnicas de criação,

A carcinicultura no Ceará deve encerrar 2012 com R$ 500 milhões - movimentados por toda a cadeia produtiva -, de acordo com a Associação Cearense dos Criadores de Camarão (ACCC). Ao todo, serão 35 mil toneladas do crustáceo produzidas em cativeiro, o que deixa o Estado com um crescimento de 20% ante o contabilizado em 2011 e como líder em produção no País pelo terceiro ano consecutivo.


"Nossa expectativa é de crescer mais, pois o mercado pede o camarão a cada dia mais e o preço do produto está semelhante ao de outras proteínas, exceto o frango", avaliou o presidente da ACCC, Cristiano Peixoto.

Com toda a produção direcionada ao mercado interno - depois de barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos -, ele afirma que a expectativa é desenvolver novas técnicas de criação, "com qualidade e inovação", para dar conta do consumo ascendente do camarão no País, principalmente nos estados do Sul e Sudeste.

Destino

A produção local, inclusive, envia 80% de todo o crustáceo criado para São Paulo, Rio de Janeiro e alguns estados do Centro-Oeste e Sul, de acordo com dados da ACCC. Mas confiança dele deve-se também ao cultivo do crustáceo ser a única solução viável para abastecer o mercado, pois, segundo Cristiano, apenas 20% de todo o camarão que circula no Brasil vêm do Mar. "A extração estagnou. Nossa única solução é aumentar a criação em cativeiro", afirmou.

No entanto, apesar de o mercado interno brasileiro não ter camarões estrangeiros, o presidente da ACCC afirma ter como maior temor a concorrência com produtores de fora do País.

Competitividade

Entre os mais competitivos, ele aponta os asiáticos, os quais, segundo contou, têm menor incidência de impostos e menores restrições sobre licenciamentos ambientais.

"O custo de produção deles é bem menor que o nosso. Uma vez aqui, eles vão fazer como fazem na confecção e no têxtil com a gente", afirma.

Impacto

Outro impacto improvável sobre o setor da carcinicultura deveu-se, neste ano, à falta de chuvas. Mesmo parecendo improvável, Cristiano ainda contou que, apesar de baixo, aconteceu. "Foi indireto porque veio através da ração, que é a base de milho e soja e dependem da produção agrícola. Mas ocorreu", afirmou.

Porém, a estiagem também chegou a representar facilidade para os produtores, "pois ajudou no escoamento das piscinas".

Camarão menor

No entanto, para um dos diretores da Associação dos Carcinicultores da Costa Negra (ACCN), no litoral leste, a falta de chuvas fez com que o crustáceo não cresça como de costume, chegando ao mercado com porte bem menor. "A água fica muito salgada e o camarão tem dificuldade para se alimentar e crescer", explica o diretor do IV Festival Internacional da Costa Negra, Mardônio Oliveira. Esse é o motivo para ter nas fazendas de camarão daquela região, uma quantidade semelhante à do ano passado, mas em menor peso, observa.

Ele informou que haverá hoje um encontro de representantes da Câmara Setorial do Camarão com o objetivo de definir e debater estratégias para o setor. "Devemos falar sobre as questões ambientais que inferem na produção e também sobre estímulos ao produtores", disse.

Com programação até 1ª de dezembro, o festival ainda terá concurso de gastronomia, workshops, shows e a premiação do Troféu Mérito Costa Negra 2012.

Produção

35 mil toneladas do crustáceo serão produzidas no total de 2012. Quantia equivalerá a um crescimento de 20% em relação ao registrado em 2011
Produção local envia 80% do crustáceo criado para SP, Rio, Centro Oeste e Sul FOTO: IGOR GRAZIANO
ARMANDO DE OLIVEIRA LIMA
REPÓRTER

Compilado do Diário do Nordeste Online

Nenhum comentário:

Postar um comentário