Mastigação
é a chave para a saciedade, o emagrecimento e a manutenção do peso.
A
população brasileira está cada vez mais pesada. De acordo com dados da pesquisa
de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por
Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, o percentual de obesos
subiu mais de 4% em cinco anos - de 11,4% em 2006 para 15,8 em 2011. E o
percentual de pessoas acima do peso passou de 42,7% para 48,5% no mesmo
período.
"Os números são preocupantes e devem servir como alerta sobre os
perigos da má alimentação e do sedentarismo", observa o ortodontista e
ortopedista facial Gerson Köhler.
Todo
mundo já sabe as principais medidas que devem ser tomadas para manter o corpo
saudável. Praticar exercícios físicos, beber dois litros de água por dia,
evitar alimentos com excesso de gordura, sal e açúcar e dar prioridade ao
consumo de frutas e verduras são alguns dos pilares da boa saúde. "Mas,
também é muito importante prestar atenção à maneira como se come as coisas e
não apenas ao que está sendo ingerido", destaca Gerson, que atua na equipe
interdisciplinar da Köhler Ortofacial em questões ligadas a anomalias
dentofaciais, distúrbios do sono, emagrecimento e zumbido.
A
mastigação tem papel fundamental no emagrecimento e na manutenção do peso.
Mastigar várias vezes e devagar contribui para que o organismo se sinta saciado
com a ingestão de uma quantidade menor de comida. "O ideal é mastigar de 20 a 30 vezes cada bocado,
dependendo da textura e resistência do alimento. A correta mastigação é o
melhor medidor da quantidade de comida que o corpo deve ingerir. Enquanto a
boca mastiga o alimento, o cérebro recebe avisos gradativos sobre a assimilação
do que foi ingerido até o momento em que envia o comando de saciedade",
explica.
Ao
comer muito rápido, mastigando pouco e engolindo o alimento mal triturado, o
ponto de saciedade se dará de modo errado. O estômago fica dilatado e com
sobrecarga de comida e a quantidade de calorias consumidas é muito maior do que
o necessário. "Por isso a mastigação correta influencia o processo de
emagrecimento e na manutenção do peso. A reeducação mastigatória tem seu foco
no modo como a pessoa come e não no que ela come. A dieta em si é assunto para
médicos endocrinologistas, nutrólogos, metabologistas e nutricionistas",
esclarece.
O
ortodontista destaca que um pedaço de carne exige muito mais mastigação do que
um bocado de arroz ou macarrão, por exemplo. O momento ideal para engolir a
comida é quando ela está completamente triturada e com saliva. As próprias
enzimas da saliva fazem parte do processo de digestão, especialmente em relação
aos carboidratos. "Um segredo para não cansar a boca, apesar disso
dificilmente acontecer já que ela possui uma alta potência muscular, é mastigar
sempre de forma bilateral, isto é, mastigar do lado esquerdo e do lado direito
antes de engolir", ensina.
Outra
dica é fazer uma pausa entre cada bocado mastigado e engolido. Para facilitar,
a pessoa pode colocar o garfo e a faca no prato. Esta atitude simples
desacelera o ritmo da mastigação, da refeição e ajuda quem tem dificuldade de
comer devagar. "A mastigação rápida e deficiente pode, inclusive, causar
diversos problemas digestivos. A correta mastigação é um hábito que pode ser
adquirido ou reaprendido e deve ser mantido sempre. Existe um aparelho
intrabucal que auxilia no retreinamento da mastigação e faz parte de um
tratamento de emagrecimento indicado por especialistas", evidencia.
O
aparelho foi criado com o objetivo de reduzir a quantidade de comida ingerida e
aumentar a quantidade de mastigações durante a refeição. O dispositivo é feito
de resina acrílica e é fabricado de maneira personalizada, de acordo com a
anatomia da boca do paciente. "Ele reduz o volume interno da boca,
obrigando a pessoa a comer devagar e a mastigar mais antes de engolir o
alimento. O aparelho, que não é visível, deve ser colocado 15 minutos antes de
cada refeição e ser retirado depois de comer. O aparelho ajuda a emagrecer, mas
o paciente deve se esforçar e mudar seu comportamento", finaliza.
Doutor
Gerson Köhler (CRO 3921 - PR)
Fonte:
Toda Comunicação
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