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domingo, 30 de setembro de 2012

HISTÓRIA: Impeachment do ex-presidente Fernando Collor completa 20 anos


Este foi o voto do ex-deputado Paulo Romano que consolidou o pedido de impeachment do então presidente da república Fernando Collor de Mello. Há 20 anos, o Brasil passava por um momento que marcaria a história política do País. Fernando Collor de Mello, primeiro presidente eleito em eleições diretas após a ditadura militar, teve o pedido de afastamento do cargo aprovado pela Câmara dos Deputados. Isso aconteceu durante a crise que começou em maio de 1992.


A denúncia de envolvimento do ex-presidente em uma rede de corrupção e tráfico de influência, foi feita por Pedro Collor, irmão do ex-presidente. No Congresso, foi aberta uma CPI para apurar o caso. Em seguida, veio o pedido de impeachment. 

Os estudantes e manifestantes vestidos de preto e com os rostos pintados, saíram pelas ruas, pedindo a saída de Collor da presidência – eram os Cara-pintadas. Um momento que vai ficar na memória de quem viu e participou de tudo, como é o caso do funcionário público, Bruno Torres, de 36 anos. Na época, com 16 anos, Bruno fez parte do movimento. Ele enfatiza que as ações do movimento refletem até hoje no País. 

"Nós que fomos Caras-pintadas estamos colhendo esse fruto, porque você hoje pode ver um País que tem eleições com ficha limpa, você vê um tribunal hoje julgando um mensalão. Tudo isso, acho que foi uma semente plantada há vinte anos atrás, quando a gente teve coragem de ir para as ruas mesmo."
Para o cientista político da Universidade de Brasília, UnB, Valdir Pucci, o impeachment serviu principalmente para consolidar a democracia do País.

"A principal importância do processo de impeachment para a democracia e para a política brasileira foi justamente mostrar que a força das instituições recém construídas da democracia do Brasil. Então dessa forma, o impeachment do Collor foi uma prova de que as instituições foram capazes de enfrentar uma crise, superá-la e consolidar a democracia no País."

Para não perder os direitos políticos, Fernando Collor renunciou ao cargo. Mesmo assim, o ex-presidente ficou impedido de exercer funções políticas, como se candidatar, por oito anos. Em 2006, Fernando Collor de Mello foi eleito senador pelo estado de Alagoas, onde ocupa o cargo até hoje.

Fonte: Agência do Rádio

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