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sábado, 12 de maio de 2012

Mulheres dividem-se entre a maternidade e a proteção de vidas no Ceará


Lutar contra o crime diariamente, correr contra o tempo, salvar vidas. Este é o cenário de vida de tantas mulheres no Ceará, que dividem as atividades profissionais com os deveres maternos e domésticos.
A policial Emanuele Alves tem 28 anos e já entendeu o recado do adágio heróico de que 'com grandes poderes vem grandes responsabilidades'. Ela é mãe de uma menina de apenas quatro anos e se reveza com a profissão de agente do programa Ronda do Quarteirão. E nas horas vagas, é estudante universitária. Tudo isso, sem um marido para lhe apoiar. Sua força vem, iconicamente, da própria mãe.

"É difícil a definição do que é ser mãe. Pra mim, não é uma coisa racional, é uma coisa de instinto", afirmou em um vídeo feito pela assessoria da corporação militar, que homenageia as mães. "É muito difícil ser mãe e policial. As duas coisas exigem muito da gente, temos de dividir o tempo", comentou. Também universitária, a policial tem de encontrar tempo para frenquentar as aulas e estudar as matérias.
Além disso, tem de pensar na filha. E a prova viva de sua influência está nos pensamentos da garotinha, que apesar de ainda não entender muito do mundo, já pensa em salvá-lo. "Ela já disse que quer ser médica. Mas também já me disse que queria ser policial", lembrou, orgulhosa.
Corrida contra o tempo
Uma fração de segundos pode definir o futuro de uma vítima que sofre, e é para isso que alguém tem de superar os seus limites e correr para ajudar o próximo.
Esta pessoa é Carla Cristina, 41, única mulher a dirigir uma ambulância do SAMU, no Ceará. "Não me considero uma heroína, mas acho que todos que trabalham nessa área tem a possibilidade de mudar a realidade, tentar amenizar o sofrimento da sociedade", afirmou a mulher, que ainda é mãe de uma moça de 17 anos e um menino de 12 anos.
"Em minhas mãos, tenho a possibilidade de diminuir o sofrimento de uma família, sem olhar a quem", disse. Carla é viúva. Tem de conciliar sua profissão com as funções de mãe e pai, dentro de casa. "Tenho uma relação de amizade, de cumplicidade com meus filhos. Eles sabem que a profissão da mãe deles é diferente, e pensam até que é uma aventura", afirmou.
Para ela, as mães têm a responsabilidade de transformar a sociedade. "Quero parabenizar aquelas que tomam para si essa força de transformar a humanidade.

Está nas nossas mãos a capacidade de criar pessoas melhores", finaliza, remetendo a todas aquelas que também se viram em várias para conciliar as responsabilidades do dia-a-dia.
Mãos que salvam
De nada adianta chegar ao local de uma ocorrência se as mãos não forem habilidosas o suficiente para salvar vidas. E é aí que entra a figura da auxiliar de enfermagem Márcia Belo, 35, dos quais 15 são dedicados a essa missão.
Márcia tem três filhos: duas meninas, uma de 12 e outra de 10 anos, e um garoto, de 6 anos de idade.  Sem modéstia, ela se considera sim uma heroína. "Me considero uma heroína por conseguir lidar com todas as situações de mãe, mulher e profissional", afirma. E os filhos, também a veem dessa forma. "Sinto uma compreensão muito grande da parte deles. Temos uma relação muito boa. Estou sempre trabalhando, mas nos momentos de folga, sempre me dedico a eles", explica.
A inspiração de vida vem da mãe. "Minha mãe é tudo pra mim. Uma pessoa trabalhadora, batalhadora. Me insipiro nela e foi com ela que aprendi a ser heroína. Que todas as mães se dediquem ao máximo aos seus filhos. Com certeza, a recompensa virá", finaliza Márcia.
Copilado do Diário do Nordeste

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