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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Descoberto calendário maia que “passa” de 2012 e “vai” até depois do ano 5800


O mundo não vai acabar este ano! Pelo menos isso não estava na previsão dos maias, ao contrário do que místicos imaginavam. A descoberta de um novo calendário de origem maia (além de desenhos e hieróglifos) por uma equipe de arqueólogos dos Estados Unidos situa essa data para uma data por volta do ano 5800.
O calendário foi datado pelos pesquisadores como tendo sido escrito no ano 813 (quando a Europa vivia em plena Idade Média) e tinha os números um pouco borrados, mas plenamente visíveis. As inscrições encontradas traziam ainda estudos sobre astronomia, ciência que já tinha relativo grau de sofisticação, àquela época, entre os grandes povos da América Central, como os maias.
Para se ter uma ideia havia registro dos ciclos da Lua, do Sol e dos planetas Mercúrio, Vênus e Marte.
Esse é também o mais antigo calendário astronômico maia já descoberto. As inscrições foram encontradas na antiga cidade  de Xultún, localizada na região de Péten, Guatemala, em uma casa antiga, relativamente danificada pela ação de saqueadores ao longo da história. Esse é considerado o maior sítio arqueológico maia, que ainda está sendo estudado, e está próximo de outros dois grandes sítios, já melhor conhecidos: Tikal e San Bartolo.
Em Xultún há ainda  35 pirâmides e 24 estelas, monumentos erguidos normalmente a cada 20 anos, Isso pode indicar que a cidade teve pelo menos 480 anos de duração. É  através do estudo desses monumentos que se estima que a civilização maia existiu pelo menos entre os anos de 292 e 909 da nossa Era (tendo sido contemporâneo dos Império Romano, Bizantino e Árabe).
A antiga cidade maia tinha também dois campos esportivos, cinco reservatórios de água e várias praças.  Nas proximidades do sítio, há ainda um palácio de 8 metros de altura e duas grandes pedreiras, na região conhecida como Chaj K’e'k Cué. Arqueólogos acreditam que essa região era também usada como área residencial da elite de Xultún.
Uma curiosidade sobre  a equipe da Universidade de Boston que conduziu o novo achado (que será publicado na prestigiada revista norte-americana Science) é que o arqueólogo que chefiou as pesquisas em Xultún chama-se William Saturno, sobrenome sugestivo para quem descobriu um dos mais antigos calendários astronômicos das Américas.
Copilado do Diário do Nordeste por Adriano Queiroz

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