Como parte de uma série de
atividades que marcou o Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças
e Adolescentes, a Secretaria de Direitos Humanos de Fortaleza (SDH), em
parceria com a Polícia Militar e diversas secretarias municipais, realizou, na
noite de sexta-feira, uma blitz ostensiva e educativa pelos bairros da
Secretaria Executiva Regional (SER) V. O objetivo da iniciativa foi chamar
atenção e conscientizar a população para o problema na Capital.
As blitze ocorreram em
locais considerados de risco, como bares e casas de shows. A primeira parte da
ação, de forma mais ostensiva, se concentrou na busca de armas. Em seguida, foi
verificada a venda de bebida alcoólica a menores de idade e a possível
exploração sexual.
Conforme a responsável pela
Coordenadoria Especial da Área da Criança e Adolescente da SDH, Elisabete
Amaral, cerca de 55% das jovens que sofrem exploração sexual relatam o conflito
familiar como o principal problema, destas, 54 % afirmam ter sofrido violência
doméstica. "A falta de cuidado as obriga a buscarem refúgio na rua, onde sofrem
outro tipo de violência".
A coordenadora explica que
60% das jovens sequer percebe que estão em situação de exploração. "Muitas
não têm a maturidade biopsicossocial para tomar consciência sobre o seu
corpo".
Na primeira parada, em
quatro bares na Avenida General Osório de Paiva, nenhum menor de idade foi
encontrado. Porém, o mesmo não aconteceu em um estabelecimento da Granja
Portugal, onde duas adolescentes, de 16 e 17 anos, foram encontradas ingerindo
bebida alcoólica na companhia de adultos em qualquer relação de parentesco.
Para Elisabete, o ato já
pode ser considerado um tipo de aliciamento para a exploração sexual. "É a
mercantilização do sexo, o agrado, a troca de favores". Neste caso, as
jovens foram encaminhadas as suas residências pelo Conselho Tutelar e os
adultos advertidos e orientados.
Diversas foram as ações
promovidas pela SDH, por meio do Programa Rede Aquarela e parcerias, em alusão
ao dia 18 de maio. As atividades tiveram como objetivo conscientizar a
sociedade que qualquer violação de direitos prevista no Estatuto da Criança e
do Adolescente (ECA) é considerado crime.
A ação aconteceu em locais
considerados de risco, como bares e casas de shows. Foi fiscalizada ainda a
venda de bebida alcoólica a menores
Copilado do Diário do
Nordete
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