A exposição “Emiliano Queiroz – os ventos sopram e levam nossos filhos (do Aracati para o Mundo)” que ficou em de julho a 10 de novembro no Museu da Fotografia em Fortaleza, chega a Aracati -Cidade natal do ator- para vernissage com a presença do Prefeito Bismarck Maia e demais autoridades.
A exposição será inaugurada nesta quinta-feira, (14) às 19h, e ficará exposta além do festival de Gastronomia e Cultura, até o final do mês de dezembro no Espaço das Artes – Casa do Barão de Messejana, onde está instalada a Secretaria de Turismo e Cultura do Aracati. A exposição conta com mais de 100 fotografias de bastidores e de cenas no teatro, cinema e televisão, bem como troféus, prêmios e comendas e relíquias pessoais do ator, que narram 70 anos de história do Brasil através da arte.
Quem foi Emiliano Queiroz?
Emiliano Queiroz nasceu em 1º de janeiro de 1936, em Aracati, no litoral leste cearense. Conhecido por sua versatilidade em interpretar personagens memoráveis, ele se destaca não apenas por suas contribuições artísticas, mas também pela profundidade de suas raízes culturais. Aracati é uma cidade famosa por seu vento constante e revigorante, conhecido como o “vento de Aracati”. Esse fenômeno natural, que varre as praias e o sertão, carrega consigo uma sensação de liberdade e renovação. Assim como o vento de sua terra natal, Emiliano Queiroz tem a capacidade de se reinventar e de se adaptar aos mais diversos papéis, trazendo uma energia única para cada atuação.
Desde jovem, Emiliano demonstrou um interesse profundo pelas artes cênicas, sendo impulsionado por um espírito inquieto e criativo, tal como o vento que sopra
incessantemente em Aracati. Assim a ligação entre o ator e o vento de Aracati vai além da simples coincidência geográfica. O vento simboliza a constante renovação e a busca pela liberdade, características que também definem a trajetória do ator.
Sua habilidade de se transformar e de se adaptar a diferentes personagens reflete a mesma imprevisibilidade força do vento de Aracati, que nunca cessa e sempre traz novidades. Emiliano Queiroz é, sem dúvida, uma força da natureza no cenário artístico brasileiro.A vida de Emiliano Queiroz é uma história de paixão pela arte e pelo atuar desde cedo.
Sua jornada começa nos palcos do teatro nas cidades de Aracati, Russas e de Fortaleza, em seguida São Paulo e Rio de Janeiro, onde ele desenvolve suas habilidades e consolida sua paixão pela interpretação. Quem não se lembra de Veludo de “Navalhas na Carne”, Gení de “A ópera do Malandro”, Dirceu Borboleta de “Bem-Amado”, só para dizer alguns. A canção “Gení e o Zepelim” de Chico Buarque composta para a personagem de Emiliano Queiroz torna-se eterna para a história do teatro musicado.
No teatro, Emiliano Queiroz encontra um terreno fértil para explorar os aspectos mais profundos da condição humana, ao longo de mais de 70 anos de ofício. Seus papéis simbólicos transcendem as barreiras do tempo e do espaço, tocando o público com sua sinceridade e emoção. O começo de sua jornada artística acontece no Teatro Experimental da Arte – TEA na cidade de Fortaleza nos anos 1950 ao lado de B. de Paiva, Vicente Marques, J Cabral no espetáculo “Lampião” de Rachel de Queiroz.
Em seguida, está em São Paulo ao lado de Maria Della Costa, Sandro Polônio, Bibi Ferreira, Fernanda Montenegro e Paulo Autran no Teatro Brasileiro de Comédia – TBC. O espetáculo “O Pagador de Promessa” de Dias Gomes marca sua estreia em São Paulo. Na televisão, Emiliano Queiroz conquista o coração do público com sua presença carismática e talento incomparável.
Ao longo de sete décadas, ele participa de inúmeras produções da Rede Globo de Televisão, deixando sua marca em cada papel que interpreta. Emiliano Queiroz participa da criação da TV Ceará, canal 2, e estreia na 1º novela cearense “Poeira Vermelha” ao lado de Laura Santos, Cleide Holanda, Guilherme Neto e outros
tantos que fazem parte da história da televisão cearense. Também atua no primeiro programa de televisão e na primeira novela exibida a cores, “O
Bem-Amado” na Rede Globo, em 1972. Mais tarde, “O Bem-Amado” torna-se uns dos primeiros seriados brasileiros a ser produzido e exportado para o estrangeiro.
Na televisão estão novelas como “Irmãos Coragem”, “Esperança”, “Hoje é Dia de Maria”, “Maria Maria”, “Pai Herói”, “Deus nos Acuda”, “Rainha da Sucata”, “Que rei sou eu?” , Era uma vez”, “Chocolate com Pimenta”, “Alma Gêmea”, “Cambalacho”, “Estupido Cupido”, “Roque Santeiro”, “Maria Dusá” e muitas mais que marcam a história da teledramaturgia brasileira.
No cinema, Emiliano Queiroz brilha em papéis que ecoam a complexidade da experiência humana, tendo estado com diretores como Andrucha Waddington, Arnaldo Jabor, Braz Chediak, Flávio Tambellini, Oscar Santana, Geraldo Miranda,Guel Arraes, Miguel Faria Junior, Karin Ainouz, Bia Lessa, Liloye Boubl , Rogério Gomes, Paulo Sérgio Almeida, Clebio Viriato Ribeiro ect. Sua presença é sempre marcante, deixando uma impressão duradoura na memória do espectador, como fez no longa-metragem “Stelinha” em 1990 ao lado de Ester Góes levando o prêmio Kikito de Gramado como o melhor ator coadjuvante em cinco minutos em cena.
https://sinalnews.com.br/exposicao-emiliano-queiroz-sera-inaugurada-hoje-em-aracati/
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