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sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Mais de 1.600 pessoas morreram por diabetes no Ceará em 2019

produção insuficiente ou má absorção de insulina são as causas determinantes, mas os maus hábitos estão entre os principais fatores de risco para um mal perigoso que pode matar: o diabetes. Somente este ano, 1.601 pessoas morreram no Ceará em decorrência da doença, conforme dados da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), gerando o alerta para a necessidade de prevenção e tratamento adequado.


É o que busca reforçar, anualmente, a data de hoje: o Dia Mundial do Diabetes. Embora em números ainda relevantes, a incidência de mortes apresentou discreta redução entre os anos de 2014 e 2018, passando de 2.217 óbitos para 1.990, queda de 10%. A maioria dos óbitos se deu entre pessoas acima dos 50 anos.


Ainda no ano passado, no entanto, Fortaleza foi classificada como a segunda capital brasileira com o maior percentual de diagnóstico de diabetes, conforme dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2018). Ao todo, 9,5% das pessoas entrevistadas, de 18 anos ou mais, alegaram portar a doença.
Causas
Um dos principais fatores de risco para o surgimento da doença é a obesidade associada ao sedentarismo, segundo explica a endocrinologista e diretora do Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão (CIDH) do Ceará, Adriana Forti. Situações como histórico da doença na família ou pessoas com hipertensão arterial também devem ser monitoradas regularmente.
E também os fatores associados à faixa etária. À medida que você vai envelhecendo, e principalmente na população acima dos 40 anos, a prevalência de diabetes é muito maior", afirma.
Já a qualidade de vida da pessoa com diabetes passa, sobretudo, pelo entendimento pessoal das principais características da doença. Dessa forma, destaca ela, o paciente consegue desenvolver habilidades e mudar o comportamento para um bom controle de suas taxas.
Complicações
Do contrário, acrescenta a médica, o diabético está sujeito às principais complicações da doença, como a cegueira, o infarto do miocárdio, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) - hemorrágico ou isquêmico, assim como as complicações renais e dos vasos periféricos. "Atualmente, 30% das hemodiálises são por conta do diabetes. Com a lesão dos vasos periféricos, associada à lesão do nervo, você desenvolve com muito mais frequência os pés diabéticos, que é a primeira causa de amputação na população", explica.
Ainda conforme Adriana Forti, entre os hábitos ideais necessários para a pessoa com diabetes está a alimentação saudável, a prática regular de atividade física, o monitoramento das principais taxas, além da manutenção dos exames periódicos.
É muito importante que a gente passe a informação no sentido de que as pessoas participem do seu tratamento. Ela é uma doença tão heterogênea, tem tantos aspectos a serem trabalhados em nível terapêutico, mas a própria pessoa tem que participar, porque é uma doença crônica que não tem cura, mas tem controle. O paciente tem que ter empoderamento para o seu autocuidado", reforça a especialista.
https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/metro/mais-de-1-600-pessoas-morreram-por-diabetes-no-ceara-em-2019-1.2174602

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