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quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Pedidos de recuperação judicial entre MPEs no Ceará caem em 2019

Os pedidos de recuperação judicial entre as micros e pequenas empresas no Ceará passaram de oito requisições nos primeiros sete meses de 2018 para cinco em igual período de 2019. Já os pedidos de falência para negócios desse porte passaram de seis para sete no Estado. Os dados são da Serasa.


De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-CE) com base em números da Receita Federal do último dia 24 deste mês, o Estado possui 428.146 negócios optantes pelo regime de tributação Simples, que são as empresas de pequeno porte, microempresas e Microempreendedores Individuais (MEI).

O economista da Serasa Luiz Rabi explica que a baixa representatividade das operações de recuperação judicial entre as micros e pequenas empresas não é exclusividade do Ceará e que o número acompanha a estatística nacional. “A recuperação judicial é um processo caro, é preciso que a empresa contrate um advogado especializado”, justifica Rabi.

De acordo com ele, mais de cinco milhões de MPEs no Brasil estão inadimplentes e cerca de 1.500 entraram com o pedido de recuperação judicial este ano. “É uma distância muito grande”, explica o economista do birô de crédito, avaliando que os números refletem um momento ainda difícil para a economia.

“O ano de 2016 foi o pior em termos de insolvência das empresas. Tivemos recordes históricos, foi o auge da crise”, lembra, ressaltando que os pedidos chegaram a 1.900 no País durante o período. “Em 2014 foram cerca de 800 pedidos”, diz Rabi.

Ele analisa que, olhando para 2019, a situação ainda é preocupante. “O problema é a falta de crescimento econômico. Sem esse crescimento, o fluxo de caixa não se realiza e as despesas e custos, impostos estão ali. Se não entra receita em um nível adequado, a situação entra no vermelho”, frisa o economista da Serasa.

levantamento feito pela Serasa traz ainda os números dos pedidos de falência no Estado. Entre janeiro e julho deste ano foram sete requisições contra seis em igual período do ano passado. Luiz Rabi explica que a recuperação judicial é solicitada pela empresa como uma última estratégia adotada pela direção para salvar o negócio e o processo é igual para qualquer porte de empresa.

No caso da recuperação judicial, quem toma a iniciativa de procurar a justiça é a empresa devedora. Quando ela entra com o pedido, a justiça busca trazer todos os credores dessa empresa para uma grande mesa de negociação perante o poder judiciário para que seja feito um plano para recuperar essa empresa atendendo ao pagamento dos credores e sobrevivência do negócio”, detalha.

Quando a empresa não consegue cumprir o plano de recuperação no prazo, os credores pedem a falência da empresa. “Se a justiça acatar, uma vez falida, um juiz vai tratar de administrar a massa falida daquela empresa e vender para arrecadar dinheiro e pagar os credores”, explica, acrescentando que há uma ordem de pagamento dos débitos. Os primeiros, no caso, são os trabalhistas.

https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/negocios/online/pedidos-de-recuperacao-judicial-entre-mpes-no-ceara-caem-em-2019-1.2141584


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