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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Varejo do Ceará adota novas tecnologias para elevar vendas

Mais que acompanhar as tendências do mercado, empresas cearenses começam a se aventurar com a utilização de tecnologias e softwares para aprimorar seus processos e, sobretudo, ampliar as vendas. Passando pelo uso de caixas sem atendentes, totens de autoatendimento, sistemas de processamentos integrados e meios de pagamento através de aplicativos, diversas novas ferramentas tecnológicas passaram a integrar esse ambiente.

Os consumidores já observam as novidades em locais como supermercados, redes de farmácias, lojas de departamento e nos guichês de estacionamento. Entre as tecnologias disseminadas, destaca-se a utilização de sistemas de gestão de relacionamento com o cliente (CRM, na sigla em inglês), que permitem a empresa conhecer o perfil de compras dos consumidores e direcioná-los ofertas personalizadas, entre outras estratégias.
Em comparação ao restante do mundo e mesmo a outras regiões do Brasil, esse avanço pode ainda ser incipiente, conforme pondera o professor da Faculdade CDL, Reginauro Catunda, mas já é perceptível.
"Se for comparar com os últimos cinco anos, temos avançado bastante. Um exemplo é a utilização de aplicativos de pagamentos de marcas como iPhone, Samsung, que facilitam a transação dentro de uma loja. Tem muita coisa surgindo", aponta.
Segundo o professor, um dos fatores que para o ritmo mais lento da expansão tecnológica no Nordeste diz respeito à pressão dos próprios consumidores por novas ferramentas. "No varejo cearense, e mesmo no brasileiro, ainda que em menor proporção, a exigência do consumidor não dispara essa evolução. Enquanto a relação pessoa/despesa ainda for positiva, o varejo vai preferir utilizar pessoas no atendimento dos clientes, por exemplo", explica Catunda.
Cenário nacional
No Brasil, levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que 35% dos empresários usam algum tipo de tecnologia para aumentar as vendas. Enquanto 10% afirmam anunciar produtos em sites que permitem a negociação online entre lojistas e o público final, como o Mercado Livre e OLX. O estudo também mostra que 9% usam novas ferramentas de pagamento, como Paypal e PagSeguro.
Entre os entrevistados para a pesquisa, 8% afirmam ainda que disponibilizam catálogos virtuais de informações que ajudam os clientes a conhecerem melhor os produtos, enquanto outros 8% dizem utilizar softwares de gestão de vendas.
Tecnologias mais inovadoras, como ferramentas de inteligência artificial (2%), QR Code (2%) e bot/assistentes virtuais (2%) são menos citadas pelos entrevistados e aparecem ao final da lista.
Gestão
Pesquisa semelhante realizada pela Associação Brasileira de Automação - GS1 Brasil também revela que, no segmento de comércio e serviços, 44% das empresas possuem sistemas de gestão automatizados para atender áreas como financeiro, comercial e fiscal, entre outras.
Além disso, o estudo destaca que 19% das empresas já fazem a identificação do perfil dos seus consumidores e, dessas, 73% utilizam essas informações para direcionar ofertas a eles.
Médio prazo
Ainda que os consumidores cearenses, por enquanto, não pressionem tanto o mercado a utilizar novas ferramentas para atender às necessidades deles, esse momento chegará com mais força mais cedo ou mais tarde. De acordo com Carolina Fernandes, especialista em pesquisa do GS1 Brasil, a adoção da tecnologia está cada vez mais presente na vida dos consumidores, sendo o celular um centralizador dos comandos.
Um reflexo disso é que a cada seis eletrodomésticos nos lares brasileiros, pelo menos um já é conectado ao smartphone (televisão, geladeira, entre outros), segundo pesquisa da instituição. "Toda essa gama faz com que as empresas trabalhem para estarem mais próximas do consumidor. E com esse comportamento, o consumidor acaba impulsionando as empresas a investir", aponta a especialista.
Nesse cenário, 65% das empresas entrevistadas dizem estarem dispostas a investir em automação no próximo ano, conforme indica o mais recente estudo sobre tendências e comportamento do mercado nacional da GS1, divulgado em julho. "A tecnologia vem mudando muito depressa, vem para facilitar a vida dos consumidores e o funcionamento das empresas", ressalta Carolina 

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