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sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Ocupação hoteleira no Ceará recua para 77,9%

A ocupação hoteleira dos empreendimentos associados à Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Ceará (ABIH-CE), chegou à média de 77,93% em julho deste ano, de acordo com o vice-presidente da entidade, Darlan Leite. O dado representa uma queda de cerca de 5% em relação ao nível observado em igual período do ano passado, quando cerca de 82,2% dos cerca 16 mil leitos distribuídos entre os 64 estabelecimentos em Fortaleza e região metropolitana, além de praias mais próximas, a exemplo de Beberibe.

A baixa, que na avaliação de Darlan Leite está possivelmente ligada à Copa do Mundo de 2018, realizada na Rússia, e sobretudo à insegurança política e econômica ainda persistente entre os consumidores, entretanto, não é vista por ele como preocupante ou "motivo para lamentar". "Essa baixa de 5% é perfeitamente justificável pelo momento incerto que o País está vivendo. Acredito que, depois que a situação for definida com as eleições, a situação realmente tende a melhorar", frisa. A taxa de 77,9% foi sustentada, sobretudo, pelo turismo doméstico, de acordo com ele.
"Acredito que a principal questão que impactou negativamente na ocupação hoteleira foi a indecisão sobre a política. Isso é muito ruim para as pessoas, então todos ficam economizando. Vemos um patamar absurdo de desemprego e isso prejudica", avalia o vice-presidente da ABIH-CE, que destaca ainda o otimismo para os próximos meses e o fim de ano, o primeiro pós-hub da Air France/KLM e Gol.
Segundo Darlan Leite, o impacto do centro de conexão de voos ainda não foi sentido pelo setor de forma expressiva, mas ele acredita que, daqui em diante, a tendência é de melhora. "A própria gestão do Aeroporto de Fortaleza contribui positivamente. A Cidade de Fortaleza está cada vez mais se estruturando para receber o turista", destaca.
Para ele, a promoção do Estado como destino turístico vem sendo fundamental para o desenvolvimento da atividade hoteleira e para o setor produtivo em geral. "A publicidade feita pelas secretarias do Estado (Setur) e do Município (Setfor) é muito importante, então todos estão juntos fazendo o melhor para que consigamos evoluir", diz, acrescentando a participação da ABIH junto ao poder público de evento na Argentina para promover o turismo no Ceará.
A Argentina é um dos principais países emissores de turistas para a Capital cearense. De acordo com dados do último Anuário Estatístico do Ceará, o país sul-americano enviou a Fortaleza 34,3 mil turistas em 2016,alta de 41% ante igual período de 2015 (cerca de 24 mil).
Manutenção de empregos
Os esforços junto às secretarias devem ajudar o setor a manter os empregos. Para o vice-presidente da ABIH-CE, é importante manter os funcionários que atuam na hotelaria em suas funções. "Quando a gente contrata alguém, essa pessoa passa por um treinamento, então para nós não é interessante desligar", diz, acrescentando que o setor criou 484 vagas durante a alta estação. "Enquanto tinha muita gente desempregando pelo País, nós tentamos manter".
Ele reforça que, com os novos voos chegando ao Aeroporto de Fortaleza, a estratégia é treinar ainda mais o quadro de funcionários, com capacitações em línguas e aprimoramento de serviços. "Nós já temos um serviço de muita qualidade e queremos algo cada vez melhor", frisa. "É importante que o hub atraia o turista, para que ele não venha só de passagem, mas que aproveite outras cidades cearenses", arremata Darlan Leite.

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