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segunda-feira, 6 de agosto de 2018

A oscilação no preço da gasolina deve diminuir nesta segunda metade do ano, segundo espera o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado do Ceará, o Sindipostos-CE. Espera-se este comportamento, segundo analisa o assessor econômico da entidade, Antonio José Gomes Costa, por conta das eleições e do interesse do governo de evitar novos constrangimentos – como o que gerou a greve dos caminhoneiros – durante o pleito.

Com isso – e apesar de a Petrobras continuar afirmando manter a liberdade para definir o preço dos combustíveis de acordo com o mercado internacional –, aguarda-se que as frequentes altas no valor do litro da gasolina vendida nas refinarias passe a ter um intervalo menor.
“Acredito que a Petrobras, com o seu maior acionista o governo, vai tender a maneirar mais a alta para expor o governo (federal) aos menores aumentos possíveis”, afirma, observado, ao mesmo tempo que isso “é uma mera especulação”.
Para Antonio José Costa, a manutenção dessa menor oscilação nos reajustes dos preços dos combustíveis deve ocorrer até o fim deste ano, indo além da eleição. No entanto, a ideia de cenário econômico passada ao sucessor de Temer deve ser bem mais drástica que a atual.
Diesel e política econômica
Isso porque a política de subsídio ao preço do diesel – consequência das promessas do governo federal para dar fim à greve dos caminhoneiros, assim como o tabelamento dos fretes – é considerada insustentável economicamente pelo setor de postos de combustíveis. Contrários às determinações do governo desde a promessa, os empresários do setor tiveram que ceder e reduzir o valor do combustível nas bombas sob o preço de pagar multas milionárias.
“Essa história do diesel é um tabelamento irreal. Isso aí, o próximo presidente vai sofrer, porque o atual vai entregar dando a entender que a economia está razoável, mas não está”, afirma.
O assessor econômico do Sindipostos-CE diz ainda esperar que essas medidas sejam revertidas no próximo ano, com a entrada de um novo governante. “A não ser que seja um louco, porque se for uma pessoa de consciência, vai ver que isso não tem como existir”, declara, observando que o mercado de combustíveis deve ser um reflexo da política econômica.
Valores ainda elevados
Enquanto isso, na realidade das ruas de Fortaleza, apesar de alguns postos já terem nos letreiros o litro da gasolina a R$ 4,37 ao longo das duas últimas semanas, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) identificou um preço médio de R$ 4,445 entre 29 de julho e 4 de agosto. 
Em Iguatu foi encontrado o maior valor praticado (R$ 4,784). Já em Maracanaú está o menor (R$ 4,402). O preço médio no Estado ainda é mais elevado, chegando a R$ 4,492. O valor faz o Ceará figurar como o estado do Nordeste onde este combustível tem o preço do litro mais caro, na última semana pesquisada. O mesmo se repete quando o assunto é o diesel. Ainda que controlado, o combustível possui o maior preço médio da Região nos postos cearenses, e, segundo a ANP, custa R$ 3,54.
Tendência

“Acredito que a Petrobras vai tender a maneirar mais a alta para expor o governo aos menores aumentos possíveis”
Antonio José Costa, Assessor econômico do Sindipostos-CE

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