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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Bem-estar animal é prioridade nas vaquejadas do CE

Mais que um hobby, uma atividade cultural formada por aspirantes, amadores e profissionais. As vaquejadas no Ceará geram empregos e também movimentam atividades comerciais em diversas partes do País. O Diário do Nordeste acompanhou de perto uma competição realizada, nesse fim de semana, no Clube do Vaqueiro, no Eusébio. Com a liberação da atividade por meio de uma lei estadual, o clima entre vaqueiros, empresários e espectadores era de alegria.

O cheiro de terra molhada e dos animais é característico no ambiente das disputas. No Circuito Ferradura, realizado no Eusébio, bois do Maranhão e do Rio Grande do Norte foram alugados para competir. Cavalos de até R$ 100 mil disputaram premiações.
Segundo Abelardo Ribeiro, médico veterinário e juiz de bem-estar da Associação Brasileira de Vaqueiros (Abvaq), a preservação dos animais sempre foi a principal preocupação nos eventos. "A utilização de protetor de calda, a não utilização de chicotes, o uso dos capacetes pelos competidores, a presença de profissionais da Veterinária, além de um sistema de videomonitoramento sempre esteve como exigência dos envolvidos nas competições", explica.
Ainda segundo o médico veterinário, qualquer ferimento diagnosticado nos animais desclassifica de imediato o participante das competições. O empresário do ramo de confecção Tiago Braga tem a vaquejada como paixão e, nos fins de semana, leva a família para assistir às competições. "Eu já viajei muito acompanhando as vaquejadas. Eu tenho vários cavalos e sei dos cuidados que a organização tem com os bois durante as competições", conta Braga. De acordo com levantamento das instituições do setor, ao todo, o Estado possui cerca de 250 mil equinos avaliados com preços diversos. No Brasil, a raça quarto de milha é uma das mais compradas.
Capacitação
O presidente da Associação Cearense de Vaquejada (Acevaq), Alisson Câmara, afirma que as competições geram empregos para pessoas que estariam fora do mercado de trabalho atual. "São realizados cursos, seminários e capacitações anualmente para que esse público saiba realizar abordagens sobre os animais, além de ofertar um melhor tratamento ao público".
Enquete
O que representa a vaquejada na sua vida?
"Eu tenho três filhos e tirei o sustento deles a vida toda daqui. Sou de Ocara, no Interior do Ceará, mas já rodei o Nordeste por conta das competições. A agricultura não está mais dando nada há um bom tempo"
Carlos Kleber Lopes - Curraleiro
"Está fraco plantar milho e feijão. A vaquejada tem toda semana no Ceará todo. Não sei o que faria da minha vida sem isso. Cada evento é de R$150 a R$200. Tem muita gente sobrevivendo disso"
Antonio Auricélio de Freitas - Calzeiro

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