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terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Seguro-desemprego gera economia de R$ 3,8 bilhões

Brasília. As normas mais rigorosas aprovadas para o seguro-desemprego geraram uma economia de R$ 3,8 bilhões no ano passado, informou ontem, 23, o Ministério do Trabalho. De acordo com o órgão, em 2015 e 2016, 14,6 milhões de pessoas solicitaram o benefício.
Outro estudo também foi feito e divulgado pelo ministério e estima que, se estivessem em vigor as regras anteriores, o número seria de R$ 15,7 milhões, segundo estimativas da pasta.

Ou seja, com a mudança nas exigências mais de um milhão de trabalhadores (1.135.444) ficaram sem o benefício.
Balanço
Foram desembolsados R$ 70,4 bilhões nesses dois últimos anos. O gasto teria sido de R$ 74,3 bilhões caso não tivessem ocorrido as alterações.
Antes de 2015, uma pessoa demitida podia pedir o seguro-desemprego pela primeira vez se tivesse, pelo menos, seis meses de trabalho formal antes da demissão.
Com a alteração, o tempo mínimo de trabalho subiu para 12 meses trabalhados no último ano e meio. Para o segundo pedido, são necessários nove meses de trabalho nos últimos 12 meses anteriores à dispensa. Nas demais solicitações, a carência é de seis meses de trabalho.
Ano passado
Somente em 2016, os pagamentos do seguro-desemprego totalizaram R$ 36,7 bilhões. De acordo com os dados do Ministério do Trabalho, 93,4% dos trabalhadores que pediram o benefício foram contemplados.
O seguro foi pago a mais de 7 milhões de trabalhadores com carteira assinada, quase 138 mil empregados domésticos e 558 mil pescadores artesanais.
Além disso, 740 pessoas retiradas de situação de trabalho forçado ou análoga à de trabalho escravo também tiveram direito ao benefício.
ANÁLISE
Bolsa sobe 2%; dólar recua
A Bolsa brasileira ignorou o movimento internacional e registrou forte alta ontem (23), impulsionada por mais um pregão de ganhos nas ações da Vale. O dólar, no entanto, seguiu a tendência de desvalorização em relação a outras moedas emergentes e recuou ante o real.
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou o dia com valorização de 1,90%, a 65.748 pontos, maior patamar em quase cinco anos. No final do pregão, a Bolsa chegou a registrar 2% de alta. Os ganhos foram impulsionados pela Vale. As ações preferenciais da companhia subiram 4,82%, e terminaram o dia cotadas a R$ 31,50, enquanto os papéis ordinários avançaram 3,76%, para R$ 33,31. No ano, a alta é de quase 35%.
Na semana passada, se intensificaram as discussões de uma possível mudança no controle da companhia. Entre as alterações está a possibilidade de as ações serem unificadas em uma única classe, com direito a voto (ações ordinárias). Os papéis de bancos também tiveram forte ganho, alavancados pelo desempenho do Banco do Brasil (+4,53%) e do Itaú (+3,36%).
A moeda americana registrou mais um dia de queda ante o real, acompanhando o movimento das demais moedas emergentes. O dólar tem registrado desvalorização em meio a incertezas sobre medidas que devem ser adotadas por Trump. O dólar à vista recuou 0,06% e fechou o dia a R$ 3,1733. Na cotação comercial (usada em operações de comércio exterior), a queda foi de 0,40%, a R$ 3,17.
Os contratos de juros futuros negociados na BM&FBovespa fecharam sem direção definida. Boletim Focus do Banco Central apontou que o mercado espera que a Selic termine 2017 a 9,50% -hoje a taxa básica de juros está em 13% ao ano. O contrato para janeiro de 2018 subiu de 10,93% para 10,94%, enquanto o vencimento 2021 recuou de 10,62% para 10,61%.

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