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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Aedes aegypti causa 4 óbitos por mês

Mesmo em ano seco, em 2016, a dengue e a chikungunya levaram a óbito, em média, quatro pessoas por mês no Ceará. O maior número de mortes foi devido à primeira, com 30 pacientes. Outras 21 morreram por complicações com a segunda enfermidade. Os dados são do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (MS), registrados até o dia 24 de dezembro passado.
No Brasil, foram 794 perdas fatais, incluindo o vírus zika, que matou seis, sendo quatro no Rio de Janeiro e duas no Espírito Santo. 

No geral, o Estado confirmou 71,7 mil casos das três doenças, sendo a dengue com maior número (37,7 mil); a chikungunya com 29, 8 mil e a zika, com 4,1 mil ocorrências constadas por exames de laboratório.
A taxa de incidência dos casos suspeitos de chikungunya para o Ceará é de 540 casos por 100 mil habitantes. Foram notificados 1.057 (2,2%) casos em gestantes, destes, 508 ou 48% confirmados. A maioria dos casos positivos ocorreu em adultos, na faixa etária de 30 a 39 anos. O sexo feminino foi predominante na maioria das faixas etárias, à exceção dos casos com idades entre cinco e nove anos.
Já para a dengue, houve uma redução de 31,4% em relação a igual período de 2015, quando 55 mil pessoas contraíram o vírus. A maioria dos casos confirmados ocorreu em adultos com idade entre 20 a 29 anos e o sexo feminino foi predominantemente na maioria das faixas etárias.
Investigação
A síndrome congênita associada à infecção pelo vírus zika, segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), teve início no mês de outubro de 2015. Foram notificados 232 casos, sendo 56 ou 24% confirmados; 136 ou 58,5% descartados e 17,5% (40 casos) seguem em investigação. No ano de 2016, 409 casos foram notificados, destes, 96 ou 23,5% confirmados, e 111 (27%) permanecem em análise, com 25 mortes.
As três doenças causam febre, dores de cabeça, dores nas articulações, enjoo e exantema (rash cutâneo ou manchas vermelhas pelo corpo). No entanto, explica o infectologista Anastácio Queiroz, existem sintomas que as diferenciam. Segundo o médico, os relacionados ao vírus zika costumam se manifestar de maneira branda e o paciente pode, inclusive, estar infectado e não apresentar qualquer sintoma. Mas um sinal clínico que pode aparecer logo nas primeiras 24 horas e é considerado como uma marca da doença é o rash cutâneo e o prurido, ou seja, manchas vermelhas na pele que provocam intensa coceira. O quadro de febre causado pelo vírus zika costuma ser mais baixo e as dores nas articulações mais leves. A doença ainda traz como sintomas a hiperemia conjuntival (irritação que deixa os olhos vermelhos, mas sem secreção e sem coceira), dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas. As fortes dores nas articulações são a principal manifestação clínica de chikungunya. Essas dores podem se manifestar principalmente nas palmas dos pés e das mãos, como dedos, tornozelos e pulsos. Em alguns casos, a dor nas articulações é tão forte que chega a impedir os movimentos e pode perdurar por meses depois que a febre vai embora.
O assessor técnico da Célula de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Nélio Morais, alerta sobre essa época do ano, como a mais perigosa para a proliferação do mosquito e dos casos das três doenças. Para ele, além da dengue, o avanço da chikungunya, em particular, na Capital, foi preocupante - passando de seis casos confirmados, em 2015, para 17,2 mil em 2016.

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