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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Adesão ao mercado livre de energia cresce 25 vezes

Fortaleza/São Paulo. O número de empresas que optaram por migrar do mercado cativo para o mercado livre de energia em 2016 saltou para 2.303, ante 93 em 2015. Isso representa um aumento de 25 vezes na quantidade de pedidos aprovados de adesão de consumidores para migração, de acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

A maior parte das adesões, 91%, foi de consumidores especiais, ou seja, empresas com demanda entre 0,5 megawatts (MW )e 3MW e que são obrigadas a adquirir energia de Pequenas Centrais Hidrelétricas ou de fontes incentivadas especiais, como energia eólica, a biomassa ou solar. Assim, o mercado livre ampliou sua representatividade no consumo total de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN), de 23,3% em outubro de 2015 para os atuais 27%.
Fatores
"Um conjunto de fatores, como o aumento da tarifa no mercado regulado, a simplificação da medição e a melhora na hidrologia, que impacta na queda do preço da energia no mercado livre, foi primordial para que as empresas tomassem a decisão de migrar para o mercado livre", afirma o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri, por meio de nota. Para 2017 a expectativa é ainda de crescimento da migração. Há 1.121 processos de adesão abertos para migrar do ambiente cativo para o livre, dos quais 1.044 consumidores especiais, diz a CCEE.
Cativos e livres
Os consumidores de energia cativos são aqueles que compram a energia das concessionárias de distribuição às quais estão ligados. Já os consumidores livres adquirem energia diretamente dos geradores ou comercializadores, por meio de negociações livres, firmadas em contratos de condições variáveis, incluindo valores e prazos.
Opinião do especialista 
Custo menor influenciou alta da migração
Desde algum tempo, os grandes consumidores de energia todos são do mercado livre, mas existia uma faixa de consumidores de médio porte que podem ser do mercado livre, desde que sejam de fontes renováveis. A adesão aumentou em função da redução do custo da energia renovável que era oferecida para o mercado livre, principalmente energia eólica, que saiu de um preço extremamente alto, R$ 300 por MWh, em 2003, para um valor um pouco acima da energia de hidrelétricas, R$ 154 por MWh, em 2015.
O Ceará tem uma participação pouquíssimo expressiva no mercado livre, pois não tem um mercado de grandes consumidores, que são os predominantes no mercado livre.
Jurandir picanço
Consultor de energia da Fiec

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