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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Brasília e Belo Horizonte. O Ministério das Relações Exteriores está tentando localizar um grupo de 19 brasileiros que desapareceu depois de deixar as Bahamas (na América Central) rumo aos Estados Unidos, onde buscavam entrar ilegalmente, conforme informou o Itamaraty ontem. Eles estariam em um barco com mais dezenas de pessoas de outras nacionalidades. Até o momento, não há informações sobre naufrágio ou qualquer forma de detenção.

As famílias dos imigrantes se recusam a falar sobre o caso. Elas têm medo dos coiotes, como são conhecidos os intermediários que cobram para levar, sempre de forma ilegal, quem encontra dificuldades em chegar aos Estados Unidos pelas vias normais, depois de conseguir visto e comprar passagem para o país.
A Guarda Costeira de Miami tem feito buscas na área mais próxima da costa na última semana, mas nada foi reportado pelas autoridades. A embaixada brasileira em Nassau e o consulado brasileiro em Miami, nos Estados Unidos, estão atuando no caso, de acordo com o Itamaraty. O grupo estaria desaparecido desde 6 de novembro.
Uma possibilidade sugerida é que os imigrantes ilegais buscariam o México como primeira etapa da viagem. Os aeroportos teriam sido evitados, por causa da fiscalização mais rigorosa. Mas nenhuma informação foi confirmada.
Por se tratar de um caso ainda em apuração, o Itamaraty não divulgou nem confirmou a identidade dos desaparecidos. O governo brasileiro ressaltou que está em contato permanente com todos os familiares para tentar localizá-los. A reportagem também tentou entrar em contato com a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, mas foi informada de que só poderia obter respostas a partir desta terça-feira (27). Segundo o jornal mineiro Diário do Rio Doce, os brasileiros desaparecidos são de Minas e do Pará. O desaparecimento deixou apreensivas várias famílias, sobretudo da região de Governador Valadares.
Duas famílias são de Sardoá, município de 6 mil habitantes na região leste de Minas, a 335 quilômetros de Belo Horizonte. Os moradores da cidade que estavam no grupo que desapareceu são Marcio Pinheiro de Souza e Renato Soares de Araújo, ambos com família na zona rural do município. Conforme conhecidos de ambos ouvidos pela reportagem, a família evitou contato até com a Polícia Militar.
Quem são os coiotes?
Os coiotes são conhecidos pela forma truculenta com que tratam os "clientes". Exigem silêncio e têm por método ameaçar familiares de quem foi levado para os Estados Unidos e que permanecem na cidade de origem - para casos, por exemplo, de falta de pagamento.

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