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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Redenção alviverde

Depois de 22 anos ou cerca de oito mil dias de espera, o Palmeiras se sagrou novamente campeão brasileiro neste domingo, quando festejou o seu nono título da principal competição do País. A geração de Gabriel Jesus e Dudu conseguiu unir as duas pontas da história - 15 de dezembro de 1994, data do último título, e 27 de novembro de 2016, a conquista atual - com a vitória sobre a Chapecoense por 1 a 0 no Allianz Parque. A partida marcou o recorde de público na história do estádio, incluindo o antigo Palestra Itália. A marca de 40.986 espectadores superou os 40.283 pagantes de 1976.

A partida foi a despedida do atacante Gabriel Jesus do Allianz Parque e provavelmente do clube que o revelou. No mês de janeiro, o atacante se transfere para o Manchester City.
O jogo deste domingo foi, na verdade, uma contagem regressiva até o título palmeirense. Dono do melhor ataque e da melhor defesa, a equipe fez uma campanha regular e constante, chegando à penúltima rodada do Campeonato Brasileiro precisando apenas um ponto diante da Chapecoense.
Esse cenário ficou ainda mais favorável quando o Santos, única equipe com chances de ameaçar matematicamente o título do Palmeiras, começou perdendo para o Flamengo. A torcida comemorou bastante o gol do time carioca no Maracanã, que foi anunciado pelo locutor do Allianz Parque com a frase "Cheirinho no ar".
O Flamengo chegou à 37ª rodada sem chances de título. Com essa combinação de resultados, o Palmeiras garantiria o título mesmo perdendo em casa para a Chapecoense.
Gol de campeão
A equipe, no entanto, demorou para dominar a partida. O técnico Cuca escolheu Edu Dracena como substituto do zagueiro Mina, que não se recuperou de uma lesão muscular na coxa esquerda. Na lateral, Fabiano foi escolhido e Jean acabou deslocado para o meio. O problema era a boa marcação do rival, que anulava a movimentação de Dudu e Gabriel Jesus.
Empurrado por mais de 40 mil torcedores, o Palmeiras começou a transformar a posse de bola e a maior categoria do elenco em superioridade no placar. O primeiro gol teve a participação direta do técnico em uma cobrança de falta bem ensaiada. Aos 25 minutos, o lateral Fabiano abriu o placar após cobrança de Zé Roberto, furada de Moisés e toque de letra de Gabriel Jesus. Ele deu um belo toque por cobertura usando a perna direita quando deveria ter usado a direita.
A vantagem marcou o início da festa definitivamente. O Palmeiras conseguiu acertar a marcação em Cléber Santana e tomou conta da partida. Quatro minutos, Gabriel Jesus quase encerrou o jejum no Allianz Parque que já dura desde setembro. Ele driblou o zagueiro e chutou rasteiro, mas a bola passou raspando. Ele ainda teve outra chance aos 43 do segundo tempo, quando foi lançado por Moisés. A finalização, no entanto, foi em cima do goleiro. No final do primeiro, o Palmeiras somava 13 finalizações contra três da Chapecoense.
Festa na arquibancada
O cenário não se modificou no segundo tempo. Antes dos 30 minutos, a torcida começou a entoar inúmeros cânticos para celebrar o fim do jejum. "Está chegando a hora" e "Festa no chiqueiro" tomaram conta das arquibancadas, que deixaram o jogo em segundo plano.
Os gritos de "É campeão" surgiram por volta dos 37 minutos. O técnico Cuca foi saudado como um dos grandes protagonistas do título. Assim que o sistema de som anunciou o segundo gol do Flamengo diante do Santos, o treinador chamou o goleiro Fernando Prass para entrar em campo após um longo período de recuperação após ser submetido a uma cirurgia no cotovelo. Jaílson foi abraçado por todos os jogadores e Prass terminou a campanha do título em campo.

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