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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Cearense tem o 3º pior rendimento do Brasil

O rendimento médio real habitual dos cearenses encerrou o segundo trimestre deste ano em R$ 1.296, 3ª pior renda do País, segundo dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada ontem (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O valor registrado nos últimos três meses do primeiro semestre de 2016 representa uma redução de 1,8% em relação ao rendimento médio real habitual registrado nos últimos três trimestres móveis anteriores. 

No primeiro trimestre de 2016 (janeiro, fevereiro e março), o rendimento médio real habitual do trabalhador cearense era de R$ 1.320. No segundo trimestre de 2015, a renda era de R$ 1.325.
Desemprego retorna
Ficaram abaixo dos números indicados para o Estado do Ceará os rendimentos médios habituais dos trabalhadores da Bahia (R$ 1.285) e do Maranhão (R$ 1.072). Os maiores rendimentos foram registrados no Distrito Federal (R$ 3.679), seguido por São Paulo (R$ 2.538) e Rio de Janeiro (R$ 2.287).
Enquanto o rendimento registra queda, o desemprego no Ceará volta a subir. No segundo trimestre de 2016, a taxa de desocupação no Estado foi a 11,5%, ante a de 8,8% registrada no segundo trimestre de 2015. No primeiro trimestre do ano, o desemprego atingia 10,8% da população cearense.
O percentual de 11,5% representa um total de 448 mil desocupados no Estado, ante 403 mil desocupados no primeiro trimestre deste ano. No trimestre que corresponde aos meses de abril, maio e junho do ano passado, a desocupação atingia 332 mil pessoas no Ceará.
Fortaleza
Em Fortaleza, a Pnad apontou uma desocupação de 11,4% no trimestre encerrado em junho deste ano. No primeiro trimestre, a taxa era de 10,9%, enquanto nos últimos três meses do primeiro semestre de 2015, o percentual era de 8,8%.
O rendimento médio real habitual na capital cearense ficou acima da média do Estado, encerrando o trimestre em R$ 1.922 ante R$ 1.885 no primeiro trimestre do ano. Apesar de a renda média ser maior nos últimos três meses do primeiro semestre, ela chegava a R$ 1.939 no segundo trimestre de 2015.
NE abaixo da média
No País, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores ficou em R$ 1.972. Já o rendimento do Nordeste, conforme apontou o IBGE, ficou abaixo dessa média, com rendimento de R$ 1.334. A desocupação cresceu em todas as grandes regiões no segundo trimestre de 2016 em relação a igual período de 2015, atingindo 11,3%.
No Nordeste, houve avanço da taxa de 10,3% para 13,2%. Entre as unidades da federação, as maiores taxas de desocupação no segundo trimestre de 2016 foram registradas no Amapá (15,8%); Bahia (15,4%) e Pernambuco (14,0%), enquanto as menores taxas estavam em Santa Catarina (6,7%), Mato Grosso do Sul (7,0%) e Rondônia (7,8%).
OPINIÃO DO ESPECIALISTA
Cenário é reflexo da situação econômica
De maneira geral, a queda no rendimento dos cearenses decorre da redução da atividade econômica do País, que consequentemente reduz o nível de ocupação, o salário cai, e a tendência é de desemprego em alta. Essa é uma conjuntura que vem incidindo sobre todos estados brasileiros. É importante destacar que isso não é uma particularidade do Ceará. O desemprego foi estimado no Estado em 11,5%, a maior taxa na série história. Enquanto que o rendimento da economia cearense teve uma redução de 3,5%, em 2015, e de 5,5%, no 1º trimestre de 2016. As perspectivas é que a queda da economia neste ano não seja maior do que em 2015, mas ainda teremos um ano de recessão.
Mardônio Costa
Analista de mercado de trabalho do IDT

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