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sexta-feira, 17 de junho de 2016

Mercado de trabalho voltará a crescer no 3º tri, diz ministro

São Paulo. O ministro do Trabalho e Previdência Social, Ronaldo Nogueira (PTB-RS), acredita que o mercado de trabalho voltará a crescer a partir do terceiro trimestre deste ano, como consequência da retomada da credibilidade dos investidores e do aumento do consumo pela população. A melhora dos indicadores de emprego acontecerá simultaneamente à recuperação da economia, disse o ministro.

Segundo Nogueira, o governo interino de Michel Temer não planeja qualquer intervenção para evitar o aumento do desemprego ou para estimular a criação de vagas. A retomada do mercado de trabalho será natural, disse o ministro, que descartou a adoção de novas medidas dentro do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), para convencer a indústria a não demitir.
Empresas que aderem ao programa se comprometem a limitar em 30% a redução da jornada de trabalho e a não demitir. Em compensação seus funcionários são beneficiados com complementação salarial proveniente de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalho (FAT).
Gritos de 'golpista'
Nogueira participou, ontem (16), de cerimônia de assinatura de um termo de compromisso de aperfeiçoamento das condições de trabalho no setor de turismo, na sede do Ministério do Trabalho, no centro do Rio de Janeiro.
Ao iniciar sua fala, o ministro foi interrompido por manifestantes, sob gritos de "golpista". Abalado, o ministro se manteve calado por cerca de 20 minutos, aguardando o fim da manifestação. Em resposta às acusações, abriu seu discurso relembrando seu passado como sindicalista e operário. "A manifestação é característica da democracia", afirmou Nogueira.
Terceirização e aplausos
Por outro lado, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, foi aplaudido por empresários e executivos ontem em evento em São Paulo ao falar sobre terceirização do trabalho em uma eventual reforma trabalhista. Padilha afirmou que a reforma trabalhista tem que vir junto da Previdência, ou logo depois, e que é preciso "fomentar o aumento da produtividade com a formação das pessoas, o que implica a revisão do ensino". Ambas as reformas estão "no horizonte deste ano".
Ele agradou a plateia de representantes do setor privado ao afirmar que o País precisa modernizar o processo produtivo, além de formalizar o emprego e "caminhar no rumo da terceirização".
Sobre reforma da Previdência, o ministro afirmou que o governo não tem uma proposta porque ela precisa ser "costurada" em conjunto, citando o interesse das centrais sindicais e dos cidadãos. Nogueira disse ainda ser responsável por coordenar pessoalmente a reforma da Previdência e que já teve seis rodadas de reuniões com as representações sindicais e dos empresários.

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