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quinta-feira, 23 de junho de 2016

Feijão será importado para forçar preço menor

Fortaleza/ Brasília. O presidente em exercício Michel Temer (PMDB) afirmou ontem (22), em sua conta no Twitter que determinou a liberação da importação de feijão como forma de reduzir os preços para o consumidor final. Temer utilizou a hashtag #TemerBaixaOPreçoDoFeijão para anunciar a medida.
Segundo o presidente interino, a liberação da importação vale para Argentina, Paraguai e Bolívia, países vizinhos do Mercosul.


 A requisição foi feita ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, que participou de reunião com Michel Temer ontem no Palácio do Planalto.
Há ainda possibilidade de trazer o produto do México, após a assinatura de um acordo sanitário, e da China, disse Maggi em entrevista ao Portal do Planalto. "O preço do principal produto na mesa dos brasileiros subiu em função de questões climáticas, que ocasionou a perda de praticamente toda a safra no Centro-Oeste", explicou o ministro na nota do Planalto. "Isso ocasionou uma queda na oferta e um aumento na demanda, fazendo com que os preços subissem", complementou.
Negociações
Outra medida que está sendo tomada, afirmou Maggi, é de negociar com grandes redes de supermercados para que busquem o produto onde há maior oferta. "Pessoalmente tenho me envolvido nas negociações com os cerealistas, com os grandes supermercados, para que eles possam fugir do tradicional que se faz no Brasil, e ir diretamente à fonte onde tem esse produto e trazer. E à medida que o alimento vai chegando no Brasil, nós temos certeza que o preço cederá à medida em que o mercado for abastecido", afirmou o ministro.
O feijão subiu 28%, em média, até maio, segundo pesquisa de auditoria de varejo da GFK, que coleta preços em pequenos e médios supermercados instalados em 21 regiões do País, entre capitais e cidades do interior.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mede a variação nas capitais, o preço do feijão subiu 33,49% no ano até maio e 41,62% em 12 meses.
Revisão de taxas
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) se reunirá hoje com a Câmara de Comércio Exterior (Camex) para analisar a proposta de reduzir a zero a alíquota de importação de feijão de qualquer país.
De acordo com o Instituto Brasileiro do Feijão, a alta no preço se deve à seca em grande parte dos estados que produzem o grão. Com isso, houve queda na oferta e, com o aumento da demanda, os preços acabaram subindo. O preço do feijão-carioca chegou a R$ 16 em supermercados de vários estados brasileiros.
Alternativas para consumo
Como alternativa para a substituição do feijão na mesa dos brasileiros, devido o alto preço do produto, a nutricionista Nara Parente sugere que o consumidor procure tipos de feijões mais acessíveis ao bolso dos fortalezenses. "As pessoas devem consumir os tipos de feijão que ainda estão com o valor mais em conta. Alguns tipos tiveram alta, como o mulatinho e o carioca, mas alguns mantiveram preços acessíveis, como é o caso do feijão preto", sugeriu.
A nutricionista ressalta que o feijão pode ser substituído por outros grãos do grupo das leguminosas, mas em relação ao custo, a troca não compensa para o consumidor. "O grão de bico, a lentinha e a ervilha são os grãos que fornecem a mesma contribuição nutricional do feijão, mas tradicionalmente eles são mais caros, não compensando financeiramente para o consumidor".
"A gente tem outros grãos que são fonte de proteínas vegetais, como a soja, a quinoa, mas esses alimentos não possuem a contribuição exata do feijão", explicou a nutricionista ressaltando que para economizar e continuar consumindo os mesmos nutrientes, o consumidor deve pesquisar os preços e os tipos de feijões mais baratos no mercado.

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