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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Dólar recua para R$ 3,30, menor nível em 11 meses

São Paulo. Após dois pregões de fortes baixas, o bom humor predominou nos mercados ontem.

O movimento foi impulsionado pelas expectativas de que os bancos centrais vão tomar medidas para minimizar os efeitos negativos do "Brexit" (saída do Reino Unido da União Europeia) à economia global.

No cenário doméstico, a sinalização do Banco Central de que a taxa básica de juros (Selic) não será reduzida logo por causa da inflação, aliada à falta de ação da autoridade monetária no mercado de câmbio, derrubaram ainda mais o dólar ante o real.
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 2,62%, a R$ 3,3060, a cotação mais baixa desde 23 de julho de 2015 (R$ 3,2960). Já o dólar à vista fechou com recuo de 2,97%, a R$ 3,3105, também no menor patamar registrado desde 23 de julho do ano passado.
O cenário externo positivo e a perspectiva de manutenção da taxa básica de juros brasileira em 14,25% ao ano no curto prazo impulsionaram o real desde o início da manhã.
Câmbio flutuante
A queda da moeda americana real foi intensificada após o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, ter reafirmado que o câmbio é flutuante, e que a autoridade monetária poderá reduzir sua exposição cambial "quando e se for possível". Ilan afirmou ainda que a autoridade monetária poderá utilizar todas as ferramentas cambiais de que dispõe, sempre com parcimônia.
Não há leilões de swap cambial reverso desde 18 de maio. Esse tipo de operação ajudou a segurar a queda do dólar em momentos de forte volatilidade, especialmente no período pré-afastamento da presidente Dilma Rousseff, o impeachment.
Bolsas
O Ibovespa fechou o pregão em alta de 1,55%, aos 50.006,56 pontos. Já o giro financeiro foi de R$ 5,8 bilhões.
As ações da Petrobras subiram 4,78%, a R$ 9,20 (PN), e 4,16%, a R$ 11,25 (ON). Os papéis da Vale ganharam 4,75%, a R$ 12,56 (PNA), e 4,45%, a R$ 15,46 (ON).
No setor financeiro, Itaú Unibanco PN avançaram 3,50%; Bradesco PN, +2,47%; Banco do Brasil ON, +2,49%; Santander unit, +1,10%; e BM&FBovespa ON, +2,57%.
Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 terminou com ganho de 1,78%; o Dow Jones, +1,57%; e o Nasdaq, +2,12%.
Na Europa, a Bolsa de Londres encerrou o pregão em alta de 2,64%; Paris, +2,61%; Frankfurt, +1,93%; Madri, +2,48%; e Milão, +3,30%. No mercado de câmbio, a libra se recuperou frente ao dólar e avançou 0,88%; o euro ganhou 0,14%.
As declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCCE), Mario Draghi, animaram os investidores. Draghi afirmou que os bancos centrais em todo o mundo deveriam alinhar suas políticas monetárias para ajudar a impedir "contágios desestabilizadores" entre economias que crescem a diferentes ritmos. "Podemos não precisar de coordenação formal de políticas. Mas podemos nos beneficiar de um alinhamento de políticas", disse.

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