A Polícia Rodoviária Federal
(PRF) divulgou, em coletiva, na manhã dessa quita-feira (7), o balanço geral do
número de acidentes, ocorrências e fiscalizações realizadas em 2015. O
superintendente regional da PRF no Ceará, inspetor Stênio Pires, reforçou que
os índices são positivos, principalmente em relação aos acidentes de trânsito e
ao combate à criminalidade.
De
acordo com os dados divulgados, considerando o número de óbitos em acidentes, a
diminuição foi a mais expressiva: cerca de 30%, sendo o menor número registrado
nos últimos cinco anos. Passou de 292, em 2014, para 203 em 2015.
Houve
ainda uma redução de 31% no número de acidentes em 2015, em relação ao ano
anterior. No ano passado, foram 2.260 acidentes nas rodovias federais, contra
3.772 ocorrências do tipo em 2014. Os acidentes graves, aqueles que deixam pelo
menos uma pessoa em estado de saúde grave ou em óbito, também diminuíram,
passando de 943 para 745, uma redução de 21%. Também foi contabilizada
diminuição de 5% no número de feridos, passando de 2.299 em 2014 para 2.189 em
2015.
Principais infrações
Essas
quedas se dão, principalmente, por conta de uma maior conscientização dos
condutores, associada às ações da PRF. "Fizemos um levantamento
estatístico detalhado de todos os acidentes e dos locais mais críticos",
afirma. Os trechos com mais acidentes, segundo a PRF, estão compreendidos entre
os km 0 e 10 da BR-116, em Fortaleza, e km 0 a 20 da BR-222, em Caucaia. Esses
trechos estão em áreas urbanas com um fluxo maior de veículos e pessoas.
Já
considerando os procedimentos de fiscalização, houve um aumento de 63% nos
testes de alcoolemia quando em 2014 foram realizados 1.233 testes, e em 2015,
1482. Entretanto, o número de prisões pelo mesmo motivo reduziu 22%. "Isso
demonstra que a população está ficando mais consciente", reconhece o
inspetor.
Como
principais fatores de acidentes fatais, a PRF citou a ultrapassagem proibida, o
excesso de velocidade e o não uso do capacete e do cinto de segurança. As
ultrapassagens indevidas são, conforme o inspetor Stênio Pires, o motivo de 70%
das ocorrências de morte. A infração aumentou cerca de 16,1% em relação a 2014,
quando foram detectadas 13.430 ultrapassagens indevidas. Em 2015, foram 15.594.
Por sua
vez, as infrações pela falta do uso de capacete pelos motociclistas diminuiu
58,2%, passando de 2.144 no ano retrasado para 897 delitos detectados pela PRF
em 2015. As infrações pelo não uso do cinto de segurança também caíram, de
6.968 para 2.535, ou seja, uma redução de 63,6%. No total, considerando
ultrapassagem, alcoolemia, falta do cinto de segurança e do capacete, foram
constatadas 20.508 infrações. Em 2014, foram 23.775 no total.
Operações e campanhas
A PRF
também fez balanço das operações e campanhas educativas. As que se destacaram
foram Operação Rodovida, que objetiva prevenir e reduzir acidentes nas rodovias
federais durante os feriados de fim de ano, férias escolares e Carnaval; e a
Operação Romaria Segura, que intensificou a fiscalização e combate ao
transporte irregular de passageiros em veículos "pau de arara" em
romarias.
Outro
ponto abordado na coletiva foram as ações de combate à criminalidade. Foram
apreendidas 32,1% mais armas de fogo que em relação a 2014. Além disso, houve
um crescimento de 138% na apreensão de maconha, com mais de uma tonelada da
droga recuperados pela PRF. Em 2014, foram 449,665 kg.
Entretanto,
a apreensão de cocaína diminuiu 80%. Em 2014, foram 383,287 kg detidos, contra
76,533 em 2015. O inspetor Pires comenta que por conta da fiscalização nas
rodovias, traficantes vêm seguindo a tendência de mudar a forma de transporte
dessa drogas, sendo os aeroportos mais utilizados para movimentar cargas de
cocaína. (Colaborou Ana Lidia Coutinho)
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