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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Verba para urnas é menor que a de siglas, diz Toffoli

Brasília. Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Dias Toffoli criticou ontem o corte orçamentário imposto pelo governo à Justiça Eleitoral e afirmou que o recurso necessário para as eleições de 2016 com voto eletrônico é muito menor do que a verba destinada ao fundo partidário.

O fundo é usado para manter a infraestrutura dos partidos e em campanhas eleitorais. Neste ano, as siglas receberão mais de R$ 800 milhões. Ao todo, o corte no Judiciário soma R$ 1,74 bilhão -R$ 428,7 milhões da Justiça Eleitoral.
Segundo o TSE, o bloqueio dificultará a compra de novas urnas. Antes do corte, uma licitação havia sido aberta para a aquisição de equipamentos, com despesa prevista de R$ 200 milhões.
Dias Toffoli afirmou que alguns Estados não terão urnas eletrônicas se o governo não recuar da tesourada para a Justiça Eleitoral. De acordo com o ministro, pelo menos 35 mil urnas no estado do Rio de Janeiro não poderão ser trocadas.
"O contingenciamento total da Justiça Eleitoral representa mais de 80% das necessidades que temos que adquirir para as eleições do ano que vem", afirmou o ministro. O presidente do TSE disse ainda estar confiante de que a medida será revertida.
Vice-presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes defendeu até que o Judiciário discuta uma realocação em suas despesas. Ele diz que encomendou um estudo sobre o impacto financeiro da volta do voto em papel.
" (O corte) é uma situação delicada, certamente isso vai ser objeto de negociação e terá que ser feita a devida avaliação. Eu também não sei qual é o custo da eleição no voto tradicional, porque também terá um custo significativo, além das dificuldades de voltar a esse modelo, até mesmo o aprendizado do eleitorado e também dos mesários, está totalmente ultrapassado, teremos que fazer essa revisão", disse.
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) afirmou que o governo está disposto a debater a questão. Nos bastidores, a reação do tribunal é vista como pressão sobre o Executivo, diante do desgaste que o fim do voto eletrônico poderia trazer ao governo.

http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/nacional/verba-para-urnas-e-menor-que-a-de-siglas-diz-toffoli-1.1445918

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