Responsável por executar obras
para atender às demandas da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP),
empreendimento que deverá entrar em operação até o fim do primeiro semestre de
2016, o Governo do Estado afirma que concluirá alguns serviços até 2017.Entre eles,
estão os berços de atracação 7, 8 e 9 do Terminal do Múltiplo Uso (Tmut), que
vão permitir a movimentação das placas da siderúrgica, e a construção da
segunda ponte de acesso que faz a ligação entre o litoral, na região frontal ao
Pátio de Cargas, e o Quebra-Mar Nordeste, permitindo o tráfego de caminhões
especiais que utilizam o volume máximo de carga.
Ambos
os serviços, além de outras obras, fazem parte da segunda expansão do Tmut. De
acordo com a Diretoria de Implantação e Expansão da Cearáportos, todas as ações
já estão em andamento, e a previsão de entrega desse trabalho é fevereiro de
2017. A segunda ponte de acesso não ficará pronta até o início da operação da
usina.
Porém,
existe a possibilidade de uso da ponte já existente, o que, de acordo com o
governo, não configura problema para o início das operações da CSP. "A
construção da segunda ponte, especificamente, sofreu um atraso porque precisou
passar por uma readequação do projeto, uma vez que ela também atenderia à
refinaria Premium II, projeto que foi descontinuado pela Petrobras. Com a nova
configuração, ela vai continuar atendendo empreendimentos de grande porte,
inclusive a CSP, e até mesmo uma refinaria", diz a Secretaria da
Infraestrutura do Ceará (Seinfra), em nota.
Correia
Também
são de responsabilidade do governo a instalação da correia transportadora de
minérios, o descarregador de minérios e os quatro carregadores de placas. O
novo descarregador de minério de ferro tem valor estimado em R$ 60 milhões. O
equipamento possui a função de retirar insumos dos navios e colocá-los na
correia transportadora para o destino final.
O
Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) já conta com um equipamento
semelhante, para a operação com carvão mineral. O descarregador será do tipo contínuo,
operando sobre trilhos e com capacidade nominal de 2.400 toneladas/hora.
A
Seinfra informa que os trabalhos de instalação da nova correia já estão em
andamento. Além do minério de ferro, o equipamento também será utilizado para
transportar outros granéis sólidos de alta densidade às empresas do Cipp.
"A
esteira transportadora também terá capacidade nominal de transporte de 2.400
toneladas/hora. Já estão sendo realizadas no momento serviços preliminares como
as obras civis das fundações das torres de transferência e a fabricação da
estrutura da correia. A estrada de serviço já está concluída", acrescenta
a secretaria, em nota.
Licença de instalação
A
licença de instalação foi concedida pela Superintendência Estadual do Meio
Ambiente (Semace) em junho deste ano. O investimento é de R$ 212 milhões. A
ordem de serviço foi assinada pela Seinfra. O equipamento partirá do berço
externo do Terminal de Granéis Sólidos, localizado no município de São Gonçalo
do Amarante, até o ponto de entrega (Torre de Transferência), onde as empresas
que utilizarão o insumo farão o transporte aos seus pátios de matérias-primas,
na área do Cipp.
O prazo
de implantação da correia é de 30 meses, contados a partir da assinatura da
ordem de serviço, que ocorreu em outubro de 2013. Deste prazo, 24 meses são
para a instalação, e seis meses para a fase de testes e ajustes do equipamento
antes da operação. Assim, o término previsto no contrato é 2016.
De
acordo com a Seinfra, os quatro carregadores de placas são equipamentos que se
destinam ao carregamento dos navios de exportação das placas que serão
produzidas pela CSP e outras cargas no Tmut do Porto do Pecém.
Providências
O valor
do investimento é de R$ 117,95 milhões. Também fazem parte das iniciativas que
vão atender à Companhia Siderúrgica do Pecém a construção da rodovia de placas
- estrada específica para o tráfego de veículos pesados, já licitada pelo
Departamento Estadual de Rodovias (DER) e a duplicação da CE-155.
Em
nota, a Seinfra ressalta que "o Estado tomou todas as providências para
sanar os possíveis atrasos apresentados com planos de recuperação de prazo e
todos os serviços se encontram em andamento normal, não apresentando nenhum
risco para o funcionamento do empreendimento (CSP)".
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