A Superintendência de Gestão
Tarifária (SGT) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) elaborou uma
nota técnica na qual propõe a criação de mais uma bandeira tarifária, que
passaria a vigorar a partir de fevereiro do próximo ano nas conta de energia de
todos os consumidores do País. A ideia é ter uma bandeira vermelha
"patamar 1" e uma bandeira vermelha "patamar 2". As
informações foram publicadas pelo jornal O Globo.
Criadas
pelo governo federal para sanar os déficits de geração do setor, as bandeiras
tarifárias são cobradas como adicional ao consumo mensal de residências,
comércios e indústrias. Atualmente, a lista é composta pelas bandeiras verde
(sem custo extra), amarela (custo intermediário, de R$ 2,50 a cada 100 kWh
consumidos em 2015) e vermelha (de R$ 4,50).
De
acordo com o trecho da nota técnica publicado pelo jornal do Rio de Janeiro, a
bandeira vermelha engloba uma variação grande de custos de geração de
termelétricas, o que pode "produzir um descasamento entre a receita obtida
com a aplicação das bandeiras e os custos de geração reais". Na prática,
após contabilizar R$ 525 milhões excedentes entre agosto e setembro, a Aneel
notou que a bandeira vermelha como é praticada atualmente, tornou-se severa
demais para o consumidor.
Neste
ano, no qual a bandeira vermelha sempre esteve presente nas contas, os
brasileiros desembolsaram R$ 12 bilhões.
Sem redução
Também
segundo o jornal O Globo publicou, o ministro de Minas e Energia, Eduardo
Braga, informou que a adoção da bandeira verde em maio - mês previsto pela
Aneel para a operação da bandeira - não é mais cogitado pelo governo federal.
A
justificativa é a situação atual dos reservatórios do Norte, que encontram-se
em situação crítica: estavam operando com 80% da capacidade e, agora, estão a
35%.
"Estamos
trabalhando com a previsibilidade. Mas não queremos gerar expectativas que não
se confirmem. O cenário do Sudeste e do Sul nos dão indicativos de que
conseguiremos usar a bandeira verde no ano que vem. Mas, no Norte do País, há
um alerta amarelo. Eu, como nascido na Região, sei que agora começa o período
chuvoso e se tivermos muita chuva, acredito que rapidamente se recupera o
déficit hidrológico nas usinas do Norte. E estou falando de reservatórios
robustos, como o de Tucuruí, localizada no Pará", afirmou o ministro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário