Com o avanço da tecnologia e
segurança dos sites, os consumidores estão fazendo mais transações pela
internet. Entretanto, 7,1% das compras online feitas no Ceará, no primeiro
semestre de 2015, foram alvo de tentativas de fraudes. Isso significa que a cada
R$ 100,00 movimentados no comércio eletrônico, no período, R$ 7,10 representam
uma transação duvidosa.
O
índice do Estado é o maior do Nordeste, como mostram os dados da segunda edição
do Mapa de Fraude no Brasil, realizado pela ClearSale, empresa especializada em
soluções antifraude.
O
coordenador de Inteligência Estatística da ClearSale, Henrique Martins, explica
que apesar das elevadas taxas de tentativas de fraude, os consumidores não
devem temer ao usar o e-commerce. "Atualmente, existem soluções eficientes
no mercado para barrar as ações dos fraudadores, e grande parte das lojas
virtuais já adota sistemas de prevenção", comenta.
Segurança
Para
garantir a segurança dos sites, a maioria das instituições financeiras, como
bancos e empresas de cartão de crédito, contrata empresas especializadas na
segurança eletrônica.
Segmentos
mais afetados
No que
diz respeito aos segmentos que mais sofrem a ação dos fraudadores na região
Nordeste, o ranking permanece com a telefonia celular em primeiro lugar, com
13,9% das tentativas, seguido de aparelhos e jogos de videogame, com 13%, e
produtos de beleza, com 10,7%.
Máquinas
e filmadoras (10,6%) e eletroeletrônicos (8,7%) completam a lista dos segmentos
mais afetados por tentativas de fraudes na região, em quarto e quinto lugar.
Razões
"Acredita-se
que os estados do Nordeste como um todo tenham mais ataques de fraude pela
recente alta da oferta de crédito via cartões de crédito e pelo acesso
crescente à internet", esclarece Henrique Martins.
Sergipe
foi o estado que registrou a menor quantidade de transações duvidosas, com
4,2%, no primeiro semestre de 2015, e 3,3% em igual período de 2014.
Penas
A
vice-presidente da Comissão de Direito e Tecnologia da Informação da Ordem dos
Advogados do Brasil Secção Ceará (OAB-CE), Larissa de Alencar, explica que
existem dois tipos de responsabilização que os fraudadores podem sofrer, a
cível e a criminal. "A responsabilização criminal é decorrente de furto
mediante fraude, a pena de reclusão varia de dois a oito anos de prisão. Já a responsabilização
cível varia de acordo com o prejuízo que a vítima teve com a fraude",
afirma.
O
âmbito cível também responde pelo prejuízo moral que a vítima sofre. A
instituição financeira também pode responder por não ter resguardado o
consumidor adequadamente.
A
advogada, que também é sócia do escritório Alencar Macedo, alerta que os
consumidores devem tomar medidas preventivas. "O consumidor deve ficar
atento, não deve dar informações que sejam confidenciais por e-mail, mesmo se o
e-mail for do banco, e deve sempre constatar se o site é criptografado, que
possui aquele cadeado na barra de navegação", diz.
Brasil
O
levantamento da ClearSale mostra também que o Brasil registrou 4,10% de
tentativas de fraude no primeiro semestre de 2015, ante 3,60% em igual período
de 2014. Já no Nordeste, 5,9% das compras online feitas são referentes à
transações duvidosas. A região se torna a menos confiável para compras na
internet, atrás apenas do Norte, com 7%. Em terceiro lugar está o Centro-Oeste,
com 4,93%.
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