A Federação Nacional dos Bancos
(Fenaban), representação sindical dos bancos, apresentou em negociação
realizada nesta quarta-feira, em São Paulo, para representações dos bancários
uma nova proposta de reajuste, de 8,75%, aplicáveis aos salários, benefícios e
participação nos lucros. Segundo a Fenaban, a nova proposta objetivou alcançar
um acordo satisfatório a ambas as partes, em negociação.
O
Comando Nacional dos Bancários, no entanto, rejeitou a proposta na mesa e
voltou a reafirmar que espera negociar aumento real. A negociação continua
hoje, às 14h, em São Paulo. Já a direção da Caixa agendou negociação para às 9
horas (horário de Brasília).
Na
última terça-feira, a Fenaban havia oferecido 7,5%, e a proposta também foi
rejeitada no local de negociação pelo Comando Nacional dos Bancários.
Quadro geral
No
Ceará, o número de agências fechadas, segundo o sindicato do Bancários,
aumentou para 415, representando 73,19% de adesão. Ao todo, existem no Estado
567 agências bancárias. Em Fortaleza, das 262 agências, 196 estão fechadas. Já
no Interior, das 305 agências, 219 seguem paralisadas.
"Foi
a força da greve, que paralisa mais de 12 mil agências em todo o País, que
reabriu finalmente o diálogo e agora esperamos que os bancos venham para a mesa
de negociações com uma proposta decente que atenda as justas reivindicações da
categoria", afirmou Carlos Eduardo Bezerra, presidente do Sindicato dos
Bancários do Ceará, que está em São Paulo, participando das negociações.
A orientação
do sindicato para a categoria é que a greve continue em todo o Brasil. Ontem,
16º dia de paralisação, 12.603 agências e 35 centros administrativos
mantiveram-se com as atividades paralisadas, em todo o País. A greve nacional
da categoria foi deflagrada no dia 6 de outubro, depois que as assembleias dos
sindicatos rejeitaram a proposta de reajuste de 5,5% feita pela Fenaban.
Os
bancários reivindicam 16% de reajuste, além de lutar por mais contratações,
mais segurança nos locais de trabalho, mais condições de saúde, igualdade de
oportunidade, entre outras demandas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário