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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Vendas no varejo do Ceará se retraem pelo 4º mês seguido

Pelo quarto mês consecutivo, o Ceará apresentou recuo nas vendas do varejo ampliado, que inclui o comércio de veículos e material de construção. Em julho último, a retração registrada no setor foi de 4,9%, ante igual mês do ano passado. No País, a queda foi ainda maior, de 6,8%.O único estado brasileiro que apresentou incremento no consumo neste período, foi Roraima, com alta de 2,7%, como mostra a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado de janeiro a julho de 2015, a queda nas vendas do varejo ampliado no Ceará foi de 3,8%, enquanto em 12 meses, o recuo ficou em 0,9%.
Segmentos
Das 10 atividades pesquisadas no Estado oito apresentaram queda no volume de vendas, na comparação de julho de 2015, com igual período do ano passado. Os únicos setores que registraram avanço foram: tecidos, vestuário e calçados, com elevação de 7,3%; e o setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com alta de 4,4%. A queda no indicador de vendas da PMC no Ceará foi puxada pela categoria de veículos, motocicletas, partes e peças, que apresentou recuo de 9,9% no mês de julho, ante igual mês do ano passado. Todos os estados analisados pelo IBGE apresentaram queda no setor nesta comparação.
No acumulado do ano, a baixa do consumo de automóveis no Ceará se situa em 8,4%. Apesar da retração, historicamente o Estado vem apresentando um cenário mais otimista do que o do Brasil, a variação do País, entre julho de 2015 e julho de 2014, foi de -13,3%. Porém, na comparação com junho deste ano, o País apresentou avanço de 5,1% em julho na venda de veículos, o melhor resultado neste confronto desde novembro de 2014 (7,0%).
Alimentação
O decréscimo no consumo cearense também foi influenciado pela categoria de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que apresentou recuo de 5,6% em julho, ante julho de 2014, e de 5,3% no acumulado do ano. O presidente da Associação Cearense de Supermercados (Acesu), Gerardo Vieira Albuquerque, explica que a queda das vendas do seguimento decorre pelo mercado estar retraído.
"O consumidor está sem dinheiro, não está inseguro, ele não tem dinheiro mesmo. Nós estamos muito preocupados com essa situação, porque o cenário está cada dia pior, nós estamos fazendo a nossa parte, seguimos otimistas, mas essa é a situação" lamenta Albuquerque ressaltando que os comerciantes estão baixando as suas margens de lucros, para tentar reerguer as vendas, mas que a previsão do setor é que em setembro o consumo seja ainda menor, em comparação com igual período do ano passado.
Brasil
A queda do País foi maior do que a registrada no Estado, as vendas no varejo ampliado brasileiro recuaram 6,8% em julho na comparação igual período de 2014. No acumulado dos últimos 12 meses o índice caiu 4,9%. Os estados com maiores impactos negativos foram: Amapá, com recuo de 18,8%, Espírito Santo, com -17,6, Acre, registrando queda de 17,1%, e Tocantins, de -16,4%. As taxas negativas das vendas do País foram impulsionadas pelos setores de: veículos, motocicletas, partes e peças (-13,3%); móveis e eletrodomésticos (-12,8%); e tecidos, vestuário e calçados (-8,1).

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