Seja bem vindo...

Páginas

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Francisco tratará de meio ambiente

Nova York. O papa Francisco desembarcou ontem em Washington, dando início a uma viagem de seis dias aos Estados Unidos. Depois de visitar a capital do país, onde fará a primeira canonização da Igreja Católica em solo americano, o pontífice passará por Nova York, onde discursará na Assembleia-Geral da ONU, e pela Filadélfia, para o Encontro Mundial das Famílias.

O presidente Barack Obama recebeu Francisco pessoalmente na base militar de Andrews, em um gesto de cortesia pouco frequente a outros líderes. A Casa Branca procurou traçar similaridades entre os líderes. "Os dois demonstraram compromisso com valores relacionados à justiça social e econômica em suas trajetórias", declarou o porta-voz de Obama, Josh Earnest. No entanto, o governo americano e o Vaticano divergem em questões como casamento gay, aborto e igualdade de gênero.
Conhecido pelo carisma, Francisco adotou discurso mais simpático a esses temas, mas não alterou objetivamente a posição oficial da Igreja Católica, cujo conservadorismo, em parte, explica a redução de fiéis em um país como os EUA. Cerca de 21% da população do país dizem ser católicos, enquanto 9% afirmam ter abandonado a religião, informou o Instituto Pew, em dados do início de setembro. Em 2007, 24% se declaravam católicos.
Discurso crítico
Argentino, Francisco deverá rezar boa parte das missas em espanhol, segundo o jornal "The New York Times". Isso não bastará, porém, para que sua missão seja bem-sucedida. O discurso dele contra a acumulação de riqueza versus a "miséria degradante" e a favor do combate ao aquecimento global encontra resistência entre setores conservadores.
Já na quinta-feira, ante o Congresso, e na sexta, nas Nações Unidas, o papa deve abordar a proteção e recepção de imigrantes e também a defesa do meio ambiente, posicionando-se pela revolução energética radical e desaceleração econômica.
Nos discursos, o pontífice argentino deve criticar, ainda, a ditadura da tecnologia e das finanças, assim como a denúncia da responsabilidade dos vendedores de armas e grandes potências na "terceira guerra mundial em cotas" em andamento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário