São Paulo. O diretor da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Tiago de Barros Correia, afirmou ontem
que a bandeira vermelha poderá ser substituída pela amarela em abril do próximo
ano. A mudança, segundo ele, seria possibilitada por um volume de chuvas mais
expressivo no chamado período chuvoso, que vai de novembro a abril.
Antes
disso, já a partir do próximo mês, a Aneel colocará em vigor o novo valor da
bandeira tarifária vermelha. A tarifa foi reduzida de R$ 5,50 para R$ 4,50 cada
100 kWh (quilowatts-hora) consumidos.
Esta é
a segunda revisão do valor da bandeira vermelha desde janeiro deste ano.
Segundo Correia, o modelo inicial não previa mudanças tão constantes, mas elas
acabaram ocorrendo e, agora, um novo modelo poderia ser pensado. "Eu, particularmente,
acredito que poderiam existir mais de um valor por cor. Mas essa hipótese não
foi levada à audiência pública e nem estamos trabalhando com ela",
salientou Correia.
A
possibilidade de uma revisão da cor da bandeira ganhou força após o Ministério
de Minas e Energia anunciar o desligamento de térmicas responsáveis por
fornecer 2.000 MW médios ao mercado. Especialistas do mercado elétrico
acreditavam que a mudança pudesse ocorrer entre o final deste ano e o início de
2016, porém a revisão do valor da tarifa da bandeira vermelha pode mudar essa
situação.
Elétricas
A Aneel
pretende compensar as elétricas em R$ 10,3 bilhões por perdas com o déficit de
geração hídrica causado pela seca nos últimos anos, mas algumas companhias que
ganharam com vendas de energia a preços elevados no mercado de curto prazo não
serão beneficiadas. A proposta da Aneel, submetida a uma audiência pública,
regulamentará a MP 688 publicada terça-feira pelo governo.
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