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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Agências suspendem atendimentos

Os cearenses que buscam atendimento em qualquer posto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em Fortaleza, estão sofrendo com a paralisação dos servidores. Quem procura as unidades para solicitar salário-maternidade, auxílio-doença, aposentadoria e outros serviços retorna para casa sem ser atendido há três semanas. Estão sendo recebidos apenas os agendamentos de perícia médica.
No Ceará, mais de 95% dos cerca de 2.500 trabalhadores federais aderiram ao movimento grevista, segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Estado do Ceará (Sinprece).


Analistas, técnicos e peritos médicos estão com seus serviços paralisados há três semanas e ainda não se posicionaram sobre o retorno dos atendimentos. O Estado conta, atualmente, com 87 agências do INSS, distribuídas em Fortaleza, Sobral e Juazeiro do Norte.
Idosos, gestantes, deficientes e mães acompanhadas de seus filhos enfrentaram problemas com a falta de assistência e informações nas portarias das unidades. Como a nutricionista Ana Carolina Feitosa, 28, que, ontem, procurou um o posto da Aldeota, mas voltou para casa sem atendimento, mesmo estando agendado. "Antes de sair, liguei para a Central do INSS, que informou que estava tudo normal. Já tem mais de 20 dias que agendei essa solicitação de salário-maternidade. A gente muda toda nossa rotina de trabalho e se programa para poder vir aqui e ocorre isso", lamenta.
De Maracanaú, Maria de Fátima Lima, 40, acompanhada do filho de 3 anos com síndrome de Down buscava um documento para emissão do passe-livre da criança, mas, da porta, ela foi informada pelo segurança que não estavam realizando esse tipo de procedimento.
Os servidores do INSS fizeram uma passeata pelo Centro de Fortaleza, na terça-feira (28), em protesto contra a suposta intransigência do Governo Federal. A categoria reivindica concurso público do INSS e condições de trabalho para um melhor atendimento da população, além da incorporação das gratificações, que hoje correspondem a cerca de 70% do salário dos servidores, entre outras.
Carmem Lúcia Marques, diretora do Sinprece, afirma que um "apagão" no órgão pode acontecer caso não venham solucionar problemas antigos do instituto. "Estamos cientes das problemáticas ocasionadas com a paralisação. Essa demanda reprimida será atendida com horas extras de serviço, após negociações", ressalta a diretora da categoria. Na tarde desta quarta-feira (29), o comando dos sindicatos esteve reunido, em Brasília, em mesas de negociações e pontuando novas mobilizações que devem ser realizadas ao longo de toda a semana.
Atendimento
O Ministério da Previdência Social informou, por meio da sua página na Internet, que o Instituto tem empreendido todos os esforços no sentido de orientar as unidades e a Central de Teleatendimento 135 no que se refere às providências de reagendamento dos benefícios. Esse procedimento, de modo geral, pode ser realizado pelo telefone.
Em alguns casos específicos, entretanto, a remarcação vai depender da ação da Agência da Previdência Social. Esses segurados, cuja remarcação não puder ser realizada pelo telefone, deverão retornar às unidades após o fim da greve, para realização de um novo agendamento. O órgão ainda reforça que considerará a data originalmente agendada como a data de entrada do requerimento, para se evitar qualquer prejuízo financeiro nos benefícios dos segurados.

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