Hoje é o último dia para garantir a imunização contra a gripe nos
postos de saúde. Aproximando-se do fim da campanha nacional, apenas 68,5% do
público-alvo foi vacinado em todo o País. No Ceará, a meta é aplicar a dose em
1.762.872 pessoas, sendo que, até a última terça-feira (2), 1.055.886 haviam
recebido o antídoto, o que corresponde a 59,9% da população prioritária,
conforme estipulado pelo Ministério da Saúde. Na Capital, 194 mil pessoas foram
vacinadas, o que equivale a cerca de 40% do esperado, segundo a Secretaria
Municipal de Saúde (SMS).
O Ceará é o sexto estado brasileiro que menos vacinou sua
população contra a gripe, superando apenas o Acre, Piauí, Roraima, Mato Grosso
e Pernambuco.
O público-alvo da campanha são pessoas com idade a partir de 60
anos, trabalhadores de saúde, crianças na faixa etária de seis meses a menores
de 5 anos, gestantes, puérperas (mulheres que deram à luz há menos de 45 dias),
pessoas com doenças crônicas não transmissíveis, população privada de
liberdade, funcionários do sistema prisional e povos indígenas.
O Posto de Saúde Paulo Marcelo, no Centro da Capital, permaneceu
aberto, ontem, durante o feriado de Corpus Christi para garantir a imunização.
Porém, durante a manhã, o movimento foi baixo, segundo informou a coordenação
da unidade.
A pensionista Eli Amaral, 78, compareceu ontem a unidade.
"Tomo vacina todos os anos, e tenho notado grande diferença. Pelo menos
pela gripe, eu não adoeço mais. Nem lembro quantos anos faz que gripei pela
última vez, nem quantas vezes já tomei a vacina. Vale a pena", acredita a
pensionista.
O bombeiro militar Mário Mesquita também aproveitou o dia livre
para levar os filhos Samuel, de três anos, e Lucas, de um ano, para tomar a
vacina. "Temos que cuidar da saúde dos nossos filhos, principalmente,
diante dos surtos que vêm acontecendo no Estado", ressalta, lembrando que
as crianças também já participaram da campanha de prevenção ao sarampo.
Proteção
Para receber a dose, é necessário levar o cartão de vacinação e o
documento de identificação. Na rede particular, uma aplicação pode custar até
R$ 200. O antídoto protege contra três tipos de vírus: H1N1, H3N2 e influenza
do tipo B, evitando, que a doença possa evoluir para uma pneumonia.
Após a administração da vacina pode ocorrer dor no local da
injeção, eritema e enrijecimento. As manifestações são consideradas comuns e,
os efeitos costumam passar em 48h, de acordo com o órgão federal. O organismo
leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram
proteção contra a doença após o recebimento da dose. O período de maior
circulação da gripe no País vai do fim de maio até agosto.
Bruno
Mota
Repórter
Nenhum comentário:
Postar um comentário