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sexta-feira, 6 de março de 2015

Fotos são expostas em site de conotação sexual

Imagine ter sua imagem exposta indevidamente em um site ou aplicativo de celular. Infelizmente, para algumas universitárias do município de Quixadá, o constrangimento foi real. Cerca de seis estudantes da Faculdade Católica Rainha do Sertão, a "Católica de Quixadá", além de uma professora, tiveram suas fotos veiculadas a uma página com conotação sexual. As imagens integravam uma enquete em que os internautas votavam se fariam ou não sexo com a pessoa.
O site causou revolta em diversas estudantes, que procuraram a direção da faculdade para relatar o ocorrido. Os nomes e os cursos das estudantes também foram divulgados. 

As vítimas registraram Boletim de Ocorrência (B.O.) na Delegacia Regional de Polícia Civil de Quixadá, onde um inquérito será instaurado nos próximos dias.
O advogado da instituição de ensino, Lucivaldo Maia, ressalta que as fotos devem ter sido retiradas das redes sociais das estudantes e que os responsáveis, depois de indicados, poderão responder pelo crime de difamação ou injúria, conforme os artigos 139 e 140 do Código Penal. O site, segundo ele, não fez menção à faculdade, e expôs, também, imagens de estudantes de outras instituições, como a Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Estadual do Ceará (Uece). A página, identificada como eaicomeria.Tx, foi retirada do ar após a polêmica.
Indo contra a sua grande relevância nos dias de hoje, a internet vem sendo utilizada de forma recorrente para diversos tipos de crime. O procurador de Justiça e coordenador do núcleo criminal do Ministério Público Federal (MPF) no Ceará, Samuel Arruda, comenta que a maior demanda de crimes virtuais recebida pelo órgão diz respeito à pornografia infantil e racismo na web. "Esses são os casos específicos de competência do MPF", explica.
Denúncia
O procurador informa, ainda, que pelo site do MPF é possível registrar, hoje, denúncias contra crimes praticados na rede. Basta, neste caso, preencher um formulário com dados que ajudarão nas investigações. "A minha percepção é que muitas pessoas não têm aquela ideia de que a internet é um ambiente público, as vezes você publica ou posta uma coisa e esquece a repercussão que aquilo pode ter. É preciso ter um comedimento", acrescenta Samuel Arruda.
Outro meio para denunciar crimes virtuais pela própria web é pela SaferNet Brasil, entidade civil de direito privado sem fins lucrativos. Por meio do canal, é oferecido um serviço de recebimento de denúncias anônimas de crimes e violações contra os direitos humanos na internet, onde a vítima acessa o portal e envia o link do site onde está o suposto crime.
Em oito anos de atuação, segundo a associação, foram processadas 3,6 milhões de denúncias anônimas envolvendo 585.778 mil páginas, das quais 163.269 foram removidas. Pelo canal de orientação, foram ajudadas, nesse período, mais de 9 mil pessoas em 24 estados brasileiros. As principais ocorrências registradas foram aliciamento sexual infantil, cyberbulling, exposição íntima, entre outros.
Mais informações:
Denúncias pelo MPF são feitas pelo site www.prsp.mpf.mp.br
Para acessar o NetSafer Brasil, o endereço eletrônico é o www.safernet.org.br

Renato Bezerra
Repórter

http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/cidade/fotos-sao-expostas-em-site-de-conotacao-sexual-1.1237010

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