O valor da cesta básica em Fortaleza teve a segunda alta consecutiva no mês de fevereiro. Impulsionada pelo acréscimo do preço em oito dos seus 12 componentes analisados, a inflação registrada foi de 1,12%. O valor total que um trabalhador precisou desembolsar para adquirir todos os produtos foi de R$ 292,23. No ano, a variação é de 4,22%.
Apesar das duas altas consecutivas, em janeiro (3,07%) e fevereiro (1,12%), o valor do conjunto dos 12 produtos em Fortaleza continua sendo o 4° mais barato entre as 18 capitais analisadas pela pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
No entanto, a economista do Dieese, Bruna Frazão, alerta que o número é preocupante, tendo em vista a elevação significativa no curto espaço de tempo. No acumulado dos dois últimos meses, o preço subiu 4,22%. "Houve um aumento de forma rápida, é uma inflação bastante elevada para dois meses. Embora haja cidades em pior situação, não podemos deixar de considerar que é uma inflação grande".
Vilões
Os alimentos que tiveram maior impacto no aumento do valor total da cesta básica em fevereiro foram a banana (8,40%), o feijão (8,36%) e o tomate (3,40%). A economista Bruna Frazão explica que por razões climáticas a região de Baturité continua comprometida, o que obriga o Estado a importar banana de Pernambuco.
O feijão também está sendo afetado pela seca, e o tipo carioca se encontra no período de entre safra, forçando a importação dos estados da Bahia e de Goiás para o abastecimento do mercado local. Já a redução do preço da carne (-2,90%), produto de maior peso na composição da cesta básica, de acordo com a economista do Dieese ainda "não é uma informação a ser comemorada". Apesar da baixa significativa, é preciso esperar mais alguns meses para que a queda seja consolidada. Considerando o valor e, tomando como base o salário mínimo vigente no País de R$ 788,00, pode-se dizer que o trabalhador teve que desprender 81 horas e 35 minutos de sua jornada de trabalho mensal para adquirir a cesta básica. No País, a alta foi registrada em 14 das 18 capitais analisadas. Natal (4,36%) e Salvador (4,17%) tiveram os maiores aumentos.
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/negocios/cesta-basica-ja-subiu-4-2-no-ano-1.1236142
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