O protesto dos caminhoneiros que bloqueava o quilômetro 213 da BR-116, na altura do município de Tabuleiro do Norte, chegou ao fim, no início da noite de ontem. O Batalhão de Choque da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi ao local e dispersou os manifestantes.
Segundo a PRF, houve tentativas de negociações, mas os motoristas permaneceram resistentes. O Choque da PRF precisou usar armas de balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo para realizar a liberação da rodovia. Logo após o confronto, os cerca de 200 manifestantes deixaram o local, temendo uma possível depredação dos veículos.
O protesto dos caminhoneiros autônomos na BR-116, em Fortaleza, teve início na última terça-feira (24), quando cerca de 60 motoristas ocuparam os acostamentos da rodovia. O mesmo ato foi realizado em outros estados brasileiros, como no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
De acordo com o último boletim divulgado na noite de ontem pela PRF, 15 pontos de interdição parcial permaneciam em quatro estados - Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Maria Alice Nascimento, diretora geral da PRF, garantiu que o trabalho dos policiais "continua até o restabelecimento completo do transporte de carga, para garantir o abastecimento da população".
Em nota divulgada ontem, a Secretaria-Geral da Presidência da República informou que o Governo Federal vai ampliar a presença das forças policiais para assegurar o cumprimento das decisões judiciais e a desobstrução das rodovias.
O texto reitera o compromisso com as propostas anunciadas nos últimos dias. O Governo Federal prometeu sancionar a Lei dos Caminhoneiros, a prorrogação por 12 meses do pagamento de caminhões por meio do Programa Procaminhoneiro e a negociação entre motoristas e empresários para que seja definida uma tabela referencial de frete.
Como o movimento é difuso e não tem líderes claros, o Governo encontra dificuldades para negociar um acordo que possa pôr um fim definitivo nas paralisações.
Reivindicações
Os caminhoneiros pedem redução no preço do pedágio e do diesel, o aumento do valor do frete e a sanção, por parte da presidente Dilma Rousseff, de mudanças na legislação que flexibilizam a jornada de trabalho. Na última quarta (25), o Governo Federal chegou a anunciar um acordo com a categoria, prevendo a manutenção do preço do diesel por seis meses. Parte dos motoristas, entretanto, não reconhece o acerto.
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/regional/caminhoneiros-liberam-br-116-apos-confronto-1.1233501
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