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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Ventos fortes prejudicam a pesca

Enquanto todo o País recebe, até o próximo dia 14, a 11ª Semana do Peixe, que visa aumentar o consumo do alimento com promoções e descontos, a atividade pesqueira no litoral cearense se mostra mais difícil neste período. Os fortes ventos característicos desta época costumam inibir a pesca artesanal no Estado, resultando em perda no faturamento e aumento dos preços para o consumidor.
No Mercado dos Peixes, localizado na Avenida Beira-Mar, a alta no preço de alguns pescados já atinge até 20%, de acordo com comerciantes do local. Conforme explicou o Tiago Alves, proprietário de um box do Mercado de Peixe, até novembro, o litoral cearense é marcado por fortes ventos, que inibe a entrada de pescadores no mar. Por conta disso, parte do pescado vem de outros Estados.

"Temos que contar com os peixes do Pará e do Maranhão. Também recebemos de outras cidades do Ceará, mas nem isso consegue suprir toda a demanda que temos", conta.
Faturamento
Nesta época do ano, o faturamento também costuma cair. Segundo o vendedor Carlos Santos Silva, as vendas costumam diminuir por conta do aumento dos preços, resultando em uma perda de até 40% no faturamento. "Temos que recorrer para a venda de mariscos, sardinha, lagosta", enfatiza Santos. Por conta disso, ele justifica que não dá para diminuir o preço para o consumidor. "Nem a Semana do Peixe consegue baixar os preços. Fica mais difícil oferecer descontos nessa situação. Ainda mais com mercadoria de fora", diz.
De acordo com o vendedor Francisco de Almeida, o preço do quilo do pargo, por exemplo, saiu de R$ 17 para R$ 20. Já o preço do quilo da cavala, que em agosto era vendido por até R$ 22, agora chega a R$ 26. "Ainda sentimos com a falta de algumas mercadores que acabam não chegando durante o período de fortes ventos", afirma.
A alta nos preços também já é sentida por consumidores que costumam comprar pescado durante a semana. Acostumada com o aumento nesta época do ano, a aposentada Ana Clara Barreto conta que já diminuiu o consumo em agosto e setembro. "É um dos meus alimentos prediletos, por isso gosto de ter sempre na mesa, mas já peguei o costume de diminuir a compra nesses meses", fala.
Trabalhando há cinco anos no Mercado dos Peixes, o vendedor Valdenir Silvano ressalta que a expectativa é que as vendas se normalizem a partir de novembro, quando o período de fortes ventos costuma acabar. "Enquanto isso vamos trabalhando com o que temos e torcendo para as vendas não piorarem".
Iniciativa
A Semana do Peixe, iniciativa do Ministério da Pesca e Aquicultura, teve início em 1º de setembro. A campanha é um incentivo ao aumento do consumo de pescados e ocorre sempre no segundo semestre do ano, já que a compra do produto é estimulada no primeiro semestre pela Semana Santa. Em 2013, o Brasil consumiu 14,5 quilos de peixe por habitante, acima dos 13 quilos por ano recomendados pela Organização Mundial da Saúde.
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/cidade/ventos-fortes-prejudicam-a-pesca-1.1096038

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