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quinta-feira, 17 de abril de 2014

Cirurgia para perder peso não garante corpo saudável

Em recente pesquisa divulgada pelo Ministério da SaúdeFortaleza aparece como a quinta capital do país com a maior taxa de obesos entre os habitantes. Esse cenário, tem aumentado a busca por procedimentos cirúrgicos, como cirurgias bariátricas e lipoaspiração. Porém, segundo médicos especialistas, a principal dificuldade dos pacientes é o período pós-operatório, onde são registrados vários casos de pessoas que em pouco tempo voltaram a ter o peso de antes. 

Foi o que aconteceu com o advogado Luis Gonzaga Lopes, de 33 anos. Passado dez anos da cirurgia, Luis voltou a se alimentar mal, abandonou os exercícios e viu seu peso subir novamente: "Tinha 155 quilos. Depois fiquei com 98. Mas hoje estou com quase 146", diz o advogado. "Voltei a comer aquilo que me satisfazia e a cirurgia não adiantou." 
Na avaliação do médico gastroenterologista Paulo Campelo, casos com o do advogado são responsáveis pela maioria das situações em que a cirurgia não funciona. "É preciso fazer um acompanhamento médico constante, ser orientado por uma nutricionista, fazer exercícios físicos e abandonar os hábitos da vida passada". 
Entre os procedimentos mais comuns para perder peso está a cirurgia intrográstica (quando é colocado um balão no estômago) e a redução de estômago (bariátrica), o tipo de cirurgía pelo qual passou o prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio
O sucesso do procedimento Intrográstico é mínimo se comparado com a cirurgia. Este primeiro, consegue reter apenas 11% do peso do paciente. Já a cirurgia, consegue diminuir em até 80%. 
"É preciso avaliar qual o grau de obesidade do paciente para saber que procedimento usar. Em ambos os casos, os riscos de infecção nunca passam de 1%", explicou.
Os preços para os procedimentos variam entre R$ 8 mil e R$ 23 mil. "A introgrática é mais cara porque o paciente tem que voltar de seis em seis meses para trocar o balão", revela o médico. 
Mas seja como for, o especialista é enfático: "obesidade é uma doença que não tem um órgão como o único causador. É fruto de um comportamento. Se voltar a se alimentar de maneira errada, não praticar atividades físicas, não ter vida saudável, pode ter peso novamente, se tornando obesa mórbida", destaca Paulo.
Foi seguindo orientações como estas, que Francisco das Chagas, de 59 anos, está conseguindo manter o peso que ele julga ser o ideal. "Tinha 125 quilos e muitos problemas. Mas eu segui o que o médico orientou, cheguei aos 82 quilos e há dois anos não tomo remédio para pressão alta nem diabetes", comemora.
Copilado do Diário do Nordeste

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