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domingo, 20 de outubro de 2013

Cúpula marcada por ausências


Esvaziada pelos principais líderes latinos, a Cúpula Ibero - americana sugere mudanças de foco

Panamá. A XXIII Cúpula Ibero-americana foi aberta na última sexta-feira no Panamá, com uma forte ausência de líderes -, o que revela a perda de rumo e de protagonismo do fórum -, e com o desafio de se renovar, duas décadas depois de sua criação, para evitar o colapso. "Esta é a cúpula da mudança e da transformação", destacou o secretário-geral ibero-americano, Enrique Iglesias, ao inaugurar o encontro com uma cerimônia no centro de convenções, às margens do Canal do Panamá.


Grupo participante, liderado pelo secretário-geral ibero-americano, o espanhol Enrique Iglesias, defende simplificação e agilidade nas decisões FOTO: AG. REUTERS


Com a presença de apenas onze chefes de Estado e de Governo de América Latina, Espanha e Portugal, o evento discutiu neste sábado, em uma praia da Cidade do Panamá, uma profunda reforma deste sistema integrado por 22 países. Embora seja crucial para o futuro da comunidade ibero-americana, estarão ausentes do debate, os presidentes Cristina Kirchner (Argentina), Rafael Correa (Equador), José Mújica (Uruguai), Sebastián Piñera (Chile), Nicolás Maduro (Venezuela), Ollanta Humala (Peru), Evo Morales (Bolívia), Raúl Castro (Cuba) e Otto Pérez (Guatemala), além de Dilma Rousseff.


Além desses, o rei Juan Carlos, que se recupera de uma cirurgia na bacia, faltará pela primeira vez desde 1991, quando começaram a ser realizados esses encontros anuais.


"Considero um acerto que esta seja avaliada como a cúpula da reforma. Após 22 anos de reuniões e funcionamento, faz falta um novo impulso e uma renovação para nos adaptarmos às mudanças produzidas em nossos países e na esfera internacional. Temos consciência das dificuldades desta tarefa", disse o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, que lidera a delegação espanhola.


Reformas


A cúpula propõe uma reforma profunda do fórum, da qual se fala desde Cádiz, que tenta adaptá-lo aos interesses de uma América Latina que hoje segue mais o seu próprio ritmo. A iniciativa inclui uma mudança na divisão de custos do sistema. Hoje, Espanha e Portugal assumem 70%, enquanto a América Latina fica com 30. O objetivo é aumentar a contribuição latino-americana em, pelo menos, 10%.


A partir da próxima reunião, na cidade mexicana de Veracruz, em 2014, os encontros serão realizadas de dois em dois anos. "Elas precisam ser modernizadas. Precisamos achar uma forma de simplificá-las, de torná-las mais ágeis, de tentar dinamizar campos como a educação, as micro e pequenas empresas. Ou seja, precisamos buscar elementos relacionados com o que a América Latina precisa hoje", defende o secretário-geral ibero-americano, Enrique Iglesias.


Agenda cultural


Escritores e acadêmicos também participam nesse domingo do Congresso Internacional da Língua Espanhola. Indígenas e médicos fizeram protestos. 

Copilado do Diário do Nordeste

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